quarta-feira, 30 de abril de 2008

Cardeal destaca respeito que católicos e budistas têm pela natureza

Cardeal destaca respeito que católicos e budistas têm pela natureza
Rádio Vaticano
O presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran, enviou uma mensagem aos budistas por ocasião da "Festa do Vesakh".Em sua mensagem, o Card. Tauran recorda as positivas relações que existem há muitos anos entre católicos e budistas e o desejo de que os fiéis das duas religiões continuem trabalhando juntos para construir um mundo melhor não somente para nós mesmos, mas para toda a família humana.Mas o centro da mensagem do Pontifício Conselho é o cuidado com o meio ambiente. O cardeal recorda que as Nações Unidas declararam 2008 o Ano Internacional do Planeta Terra."Enquanto habitantes da Terra e fiéis, afirma o purpurado, cristãos e budistas respeitam a mesma Criação e têm a comum preocupação de promover o cuidado pelo meio ambiente que todos compartilhamos."O cardeal recorda que a tutela do meio ambiente, a promoção de um desenvolvimento sustentável e uma particular atenção às mudanças climáticas são motivos de grave preocupação para todos. Diante dessa situação, governos, ONGs e multinacionais investem recursos financeiros para tutelar a natureza. Também os líderes religiosos estão oferecendo sua contribuição ao debate público, que não é somente uma reação às mais recentes ameaças relacionadas ao aquecimento global.O purpurado afirma que cristianismo e budismo sempre promoveram um grande respeito pela natureza. Todavia, pergunta-se o cardeal, que cristãos e budistas podem fazer a mais para colaborar em projetos práticos? E responde: "A reciclagem, a contenção com gastos energéticos, a prevenção da destruição indiscriminada de plantas e de animais e a proteção das águas". Deste modo, segundo o Card. Tauran, cristãos e budistas podem, juntos, ser portadores de esperança por um mundo limpo, seguro e harmonioso. A Festa do Vesakh celebra o aniversário do nascimento de Buda e é comemorado em 26 de maio.

Maior orquestra da China homenageia Bento XVI

Maior orquestra da China homenageia Bento XVI
Da Redação, com Papa News
Na próxima quarta-feira, 7, a Orquestra Shanghai Opera House Chorus, a mais famosa da China, realizará uma apresentação em homenagem ao Papa Bento XVI. O evento acontecerá às 18 horas na Sala Paulo VI, no Vaticano. O repertório será um dos preferidos do Santo Padre: ''Requiem'' di Wolfgang Amaedeus Mozart. A Shanghai Opera House Chorus está fazendo uma turnê pela Europa, e durante uma breve passagem pela Itália, oferecerá o Concerto a Bento XVI.A orquestra foi fundada em 2000, sobre a base da precedente Orquestra "China Broadcasting Symphony Orquestra". Dirigida pelo Maestro Long Yu, faz apresentações em todo o mundo. Em dezembro de 2004 a orquestra apresentou-se pela 1ª vez em Roma para o Senado da República Italiana. Na ocasião, o evento foi transmitido para diversos países no mundo."Com este evento, destacou a Rádio Vaticano, a música é um meio precioso de diálogo entre povos e culturas". No último dia 24, o
Santo Padre foi homenageado pela Orquestra de Milão por ocasião de seu 3º aniversário de pontificado. Na oportunidade, destacou o valor musical: "Disse que a Itália tem muitos patrimônios artísticos, é como uma pérola importante no mundo, falou da música levada aos hospitais e orações e que é uma autêntica arte de oração".

terça-feira, 29 de abril de 2008

Papa visita França em setembro

Papa visita França em setembro
Da Redação, com Zenit
Bento XVI visita o Santuário de Lourdes entre 12 e 15 de setembro por ocasião dos 150 anos das aparições de Nossa Senhora na cidade. A notícia foi anunciada pela Conferência Episcopal Francesa. O comunicado divulgado hoje pela Conferência Episcopal apresentou o programa da viagem do Papa, que iniciará em Paris na sexta-feira, 12 de setembro. Após encontrar-se com o presidente da República Nicolas Sarkozy e outras autoridades, o Papa participará de uma Conferência no Colégio dos Bernardinos, lugar de pesquisa e debate para a Igreja e sociedade, dirigidos ao mundo da cultura. Bento XVI visitará a Catedral de Notre-Dame para celebar as Vésperas com os sacerdotes, os diáconos, os religiosos e os seminaristas. Em seguida, pronunciará uma mensagem aos jovens reunidos nos átrios da Catedral. No sábado, 13, o Santo Padre presidirá a Missa na "Esplanade des Invalides"."Durante sua permanência na Capital, Ratzinger encontrará os responsáveis de outras confissões cristãs e representantes de comunidades judaicas e muçulmanas", afirma o comunicado. Na tarde do mesmo dia, o Papa se dirigirá a Lourdes, quando percorrerá as três primeiras etapas do "Caminho do Jubileu". À noite, após a tradicional procissão das velas, o Pontifície se dirigirá aos peregrinos. No domingo, 14, presidirá uma Missa Solene em Lourdes para todos os peregrinos. Na parte da tarde se encontrará com a Conferência Episcopal da França e participará da Procissão Eucarística. Na manhã da segunda-feira, 15, o Papa percorrerà a 4ª etapa do "Caminho do Jubileu" e administrará o Sacramento da Unção aos enfermos durante a Celebração Eucarística. O Papa Bento XVI retorna a Roma na tarde da segunda-feira."Os bispos da França convidam os fiéis a prepararem-se para acolher o Papa e agradecer a Deus pela mensagem de Lourdes", afirma comunicado de imprensa

sábado, 26 de abril de 2008

Papa encoraja jovens franceses a crer, amar e esperar em Cristo

Papa encoraja jovens franceses a crer, amar e esperar em Cristo

O Papa Bento XVI recebeu ontem, 25, em audiência, o arcebispo de Paris e presidente da Conferência Episcopal da França, Cardeal André Vingt-Trois, ao qual entregou uma Carta por ocasião do centenário do 'Frat', nome dado a peregrinação anual dos jovens da província eclesiástica de Paris. O Santo Padre enviou uma mensagem aos jovens parisienses, que concluem amanhã sua peregrinação a Lourdes, iniciada no último dia 22, na qual os encorajou a peregrinar com alegria de crer, amar e esperar em Cristo. Na mensagem, o Papa recorda, por ocasião dos 150 anos das aparições da Virgem em Lourdes, comemorados este ano, o que Nossa Senhora confiou a Santa Bernadete de Soubirous: a renovação espiritual cristã por meio do apelo à conversão e do amor à Igreja. "A Virgem confia hoje nos jovens do 'Frat'", disse o Santo Padre, fazendo votos de que os ideais nobres e elevados da juventude francesa possam realizar-se em sua vida".Bento XVI expressa seu desejo de que os jovens da província eclesiástica de Paris possam empreender o caminho da felicidade, verdadeiro dom de Deus e fonte de profunda alegria. Tal caminho é indicado pela Mãe de Deus, com a sua plena disponibilidade à vontade de Deus.O Bispo de Roma encoraja os jovens a celebrarem com entusiasmo, durante esses dias de peregrinação, a alegria de crer, amar e esperar em Cristo. A darem testemunho de sua fé, acolhendo, na meditação e no silêncio, a Palavra de Deus, a fim de que ela possa modelar seus corações e produzir frutos abundantes.O Papa conclui sua Carta aos jovens parisienses agradecendo a todos pela participação maciça nesta peregrinação mariana, também dos religiosos, religiosas, sacerdotes e leigos que compõem a imensa corrente do 'Frat', que contribui, há um século, a fazer de suas peregrinações um momento importante na vida de um grande número de jovens cristãos.

Fátima foi uma das maiores epopéias marianas, afirma Cardeal

Fátima foi uma das maiores epopéias marianas, afirma Cardeal

O Santuário de Fátima prepara-se para acolher o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal José Saraiva Martins, que presidirá à Peregrinação Internacional pelos 91 anos da primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima, nos dias 12 e 13 de maio. Em coletiva de imprensa no santuário, o cardeal português afirmou que visitar a Capelinha das Aparições é "recordar uma das maiores 'epopéias marianas', talvez a maior do século passado".O convite para presidir a peregrinação foi feito pelo Bispo de Leiria-Fátima, D. António A. dos Santos Marto. "Recebi o convite com profunda gratidão", afirma o cardeal, que continua: "Vou poder encontrar, pela segunda vez, centenas de peregrinos de todo o mundo, vindos a Fátima para renovar a sua fé, manifestar o seu amor filial à 'Senhora mais brilhante que o sol' e agradecer-lhe por ter querido fazer desta humilde terra lusitana o 'Altar do Mundo' ou, se preferirmos, a 'Cátedra do Evangelho'. A Cova da Iria foi o lugar por Ela escolhido para falar aos homens do nosso tempo, transmitindo-lhes, por meio dos três inocentes pastorinhos, uma importante e sempre atual mensagem de salvação". Para o cardeal Saraiva Martins, ir a Fátima é recordar um dos maiores acontecimentos que marcaram a história da Igreja portuguesa e de muitos outros países dos vários continentes; é reviver, afirma o purpurado, uma história maravilhosa, não só eclesial, mas também social que ainda não acabou, mas que continua no tempo.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

TV russa transmite documentário de Bento XVI

TV russa transmite documentário de Bento XVI
Rádio Vaticano
Por ocasião do aniversário do Papa, amanhã, 16, uma emissora de televisão pública russa transmitirá, pela primeira vez, um documentário sobre Bento XVI, cuja biografia é ainda pouco conhecida entre os russos. No vídeo, registrado alguns meses atrás no Vaticano, o Santo Padre dirige uma saudação em russo auspiciando que os bispos católicos e as suas comunidades em todo o território da Rússia "sejam sempre repletos do ardor da fé". "Somente em Deus, lê-se na mensagem de Bento XVI, a busca da felicidade pode encontrar a sua resposta plena e definitiva."Na mensagem dirigida aos cidadãos russos, Bento XVI ressalta a grandeza da Rússia sob muitos aspectos: "em sua dimensão territorial, em sua longa história, em sua magnífica espiritualidade, em suas múltiplas expressões artísticas".Em seguida, o Santo Padre recorda luzes e sombras que marcaram a história da Rússia: "quão dramáticos foram por vezes os episódios dos povos russos", escreve o Papa referindo-se ao milênio há pouco concluído, em particular, aos últimos "cem anos de guerras, devastações e totalitarismos".Trata-se de capítulos dilacerantes, acrescenta Bento XVI, que tinham "a sua raiz na negação violenta de Deus". Mas as imagens sombrias que obscureceram o horizonte do continente europeu foram contrastadas e vencidas por esplêndidas luzes. São as luzes, observa o Papa, de "tantos mártires, católicos, ortodoxos e outros fiéis, que pereceram sob a opressão de ferozes perseguições".Esse amor a Cristo até o martírio, que une cristãos e ortodoxos, mostra a urgência de recompor a unidade dos cristãos: o premente convite de Jesus, dirigido a Seus discípulos no Cenáculo, escreve o pontífice, "nos obriga todos a buscar os caminhos mais oportunos para eliminar as tensões existentes, conjugando todo esforço, intensificando, sobretudo, a oração pela unidade na única fé".E nessa direção, ressalta Bento XVI, estão se movendo a Igreja católica e a Igreja ortodoxa russa. Animados pelo Espírito Santo, explica o Santo Padre, "desejamos construir uma sociedade na qual sejam defendidos e tutelados os valores da vida, da dignidade humana e da família".Unidas, as Igrejas do Oriente e do Ocidente, conclui o Papa, "de modo eficaz uma palavra nova especialmente à Europa, para que fiel à sua identidade construa o futuro, sem rejeitar as suas raízes cristãs".

terça-feira, 8 de abril de 2008

Formação dos padres e Amazônia são temas de coletiva em Itaici

Formação dos padres e Amazônia são temas de coletiva em Itaici

Dom Erwin Kräutler, Dom Geraldo Majella e Dom Esmeraldo Barreto na coletiva desta segunda-feira
Temas como a Formação Presbiteral no Brasil e a Amazônia foram os assuntos da coletiva de imprensa desta segunda-feira, 7, em Indaiatuba (SP). Participaram da mesa Cardeal Geraldo Majella Agnelo, Arcebispo de Salvador (BA), Dom Esmeraldo Barreto de Farias, Bispo de Santarém (PA) e Dom Erwin Kräutler, Bispo da Prelazia do Xingu (PA).

Dom Geraldo Majella, logo no início, destacou o retiro deste final de semana, dirigido por Dom Erwin, que fez tão bem a todos, destacando a capacidade e a experiência do bispo. "Dom Erwin que mora há 43 anos na Prelazia do Xingu, destes 28 anos como bispo, mostrou um profundo conhecimento das Sagradas Escrituras", recordou Dom Geraldo, ressaltando que suas colocações convidaram os bispos a um compromisso com os mais pobres e excluídos. Ele relembrou a frase de Dom Geraldo Lyrio Rocha, que disse: "Por trás de suas palavras, está sua vida e testemunho de homem de Deus".

Dom Esmeraldo Barreto de Farias, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, explicou que é o responsável por esta comissão desde o ano passado, juntamente com Dom Ângelo Salvador, Dom José Antonio Preuzzo e Dom Sérgio Braschi. Os bispos têm feito um trabalho de atualizar o Documento 55 com base no que o Documento de Aparecida trouxe de novo.
"O Documento de Aparecida destaca que a Igreja está em permanente estado de missão, portanto, o presbítero precisa compreender que vocação e missão estão intimamente ligados. No seguimento a Jesus Cristo, este futuro padre possa vivenciar este sair para a missão. Sair de si mesmo ao encontro do outro", destacou.

Dom Erwin, presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), falou sobre a realidade da Amazônia, tema trazido todos os anos, e que, segundo o bispo, é uma realidade que desafia a Igreja, o País e, até, o mundo. O Bispo apontou o crescimento da Amazônia, com o grande número de migrantes de todo o Brasil que estão "inchando" as cidades. Atualmente o estado tem 23 milhões de pessoas. Destacou ainda os povos indígenas, que são inúmeros e compõe um quadro de mais de cem línguas (maternas) diferentes, no estado.

O presidente do CIMI falou de sua luta em defesa destes povos e do desenvolvimento da Amazônia, explicando que o desenvolvimento que a Igreja quer é diferente do que o governo quer e até do que se entende por este termo. "O desenvolvimento que queremos para a Amazônia é o que promova a pessoa, a família, e não apenas o lucro. A pessoa deve estar como centro do progresso". E destacou: "Se defendermos os povos indígenas na Amazônia, defendemos a sobrevivência da Amazônia".

Falando sobre as constantes ameaças de morte que tem recebido, Dom Erwin disse que as causas são a insistência em investigar a morte da Irmã Dorothy Stang e sua posição a respeito do desenvolvimento da Amazônia. Outro fator são as denúncias de abusos sexuais de menores.

O Bispo destacou que não é só ele que vive essa situação, mas há muitas pessoas que lutam pelas mesmas causas. Ele disse que hoje o governo colocou pessoas para protegê-lo, mas salientou que é necessário ir "mais fundo": "É preciso descobrir os responsáveis. O estado providenciou minha proteção, mas é preciso que ele resolva o problema".

CNBB escolhe bispos que devem representar o Brasil no Sínodo

CNBB escolhe bispos que devem representar o Brasil no Sínodo
Kelen Galvan
Indaiatuba (SP)
Foram escolhidos os Bispos que podem representar o Brasil na XII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá no Vaticano, dos dias 5 a 26 de outubro deste ano. Os nomes são indicações e serão enviados ao Vaticano para aprovação do Papa Bento XVI. São eles:

Dom Eugênio Rixen, Bispo de Goiás (GO);
Dom Joviano de Lima, Arcebispo de Ribeirão Preto (SP);
Dom Walmor de Oliveira, Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e;
Dom Geraldo Lyrio Rocha, Presidente da CNBB.
E um dos suplentes será Dom Erwin Kräutler, Bispo da Prelazia do Xingu (PA).

Os representantes estão sendo escolhidos por votação durante a Assembléia dos Bispos em Itaici. Aguarda-se a escolha de um último suplente.

O Sínodo, convocado pelo Papa, vai reunir o episcopado mundial no Vaticano em torno do tema "A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja" e buscará reforçar a prática do encontro com a Palavra de Deus como fonte de vida para o homem.

CNBB escolhe bispos que devem representar o Brasil no Sínodo

CNBB escolhe bispos que devem representar o Brasil no Sínodo
Kelen Galvan
Indaiatuba (SP)
Foram escolhidos os Bispos que podem representar o Brasil na XII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá no Vaticano, dos dias 5 a 26 de outubro deste ano. Os nomes são indicações e serão enviados ao Vaticano para aprovação do Papa Bento XVI. São eles:

Dom Eugênio Rixen, Bispo de Goiás (GO);
Dom Joviano de Lima, Arcebispo de Ribeirão Preto (SP);
Dom Walmor de Oliveira, Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e;
Dom Geraldo Lyrio Rocha, Presidente da CNBB.
E um dos suplentes será Dom Erwin Kräutler, Bispo da Prelazia do Xingu (PA).

Os representantes estão sendo escolhidos por votação durante a Assembléia dos Bispos em Itaici. Aguarda-se a escolha de um último suplente.

O Sínodo, convocado pelo Papa, vai reunir o episcopado mundial no Vaticano em torno do tema "A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja" e buscará reforçar a prática do encontro com a Palavra de Deus como fonte de vida para o homem.

Papa lembra de homens que derramaram sangue pelo Senhor

Papa lembra de homens que derramaram sangue pelo Senhor


Bento XVI lembrou, nesta segunda-feira, dos mártires do século XX que foram assassinados por causa da sua fé. Ele deslocou-se à Catedral de São Bartolomeu, na Ilha do rio Tibre, em Roma e visitou o primeiro "Santuário Memorial dos Mártires do nosso tempo".
.: Bento XVI visita Memorial dos Mártires do nosso tempo
Para o atual Papa, esta foi "uma peregrinação à memória dos mártires do século XX, inumeráveis homens e mulheres, conhecidos e desconhecidos que, nesses cem anos, derramaram o seu sangue pelo Senhor".Perante Cardeais, Bispos e centenas de fiéis, que enchiam por completo o local, Bento XVI disse que o memorial leva os cristãos a refletirem que os mártires "não procuraram salvar a todo o custo o bem insubstituível da vida", mas "continuaram a servir a Igreja, apesar de graves ameaças e intimidações"."Todas as testemunhas da fé estão prontas para sacrificar a vida pelo Reino. Deste modo, tornam-se amigas de Cristo, conformam-se com Ele, aceitando o sacrifício até ao extremo, sem colocar limites ao dom do amor e ao serviço da fé", afirmou.Neste local, disse o Papa, "ouvimos o eloquente testemunho dos que, não só no século XX, mas desde o início da Igreja, ofereceram no martírio a sua vida a Cristo, vivendo no amor". "Também este século XXI se abriu sob o signo do martírio", alertou. A Basílica, um dos mais antigos lugares de culto da cidade de Roma, abriga as memórias e relíquias de muitas testemunhas do nosso tempo, desde o bispo mártir de El Salvador Oscar Romero ao Cardeal Posada Ocampo, assassinado pelos narcotraficantes no aeroporto mexicano de Guadalajara; desde o pastor evangélico Paul Schneider ao aldeão Franz Jagerstatter, ambos opositores do nazismo, por objecção de consciência e testemunha de fé; desde o monge e guia espiritual Sofian Boghiu, opositor do totalitarismo comunista na Roménia até André Santoro, padre romano morto na Turquia.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Cardeal diz que é necessário esperar pela Misericórdia de Jesus

Cardeal diz que é necessário esperar pela Misericórdia de Jesus



No encerramento solene do Congresso Mundial da Misericórdia, neste domingo, 6, o Cardeal Christoph Schönborn, arcebispo de Viena e presidente do evento, recordou o pedido de Karol Wojtyla: "Vamos todos ser testemunhas da Misericórdia". "A mensagem que permanece, com o término deste Congresso é que devemos ser testemunhas da Misericórdia Divina na nossa vida cotidiana", afirmou.

O Cardeal exortou os fiéis a não se deixarem levar pelos pensamentos e desejos terrenos, mas que procurem uma vitória em Cristo. "Os discípulos de Emaús tiveram uma visão mundana e terrena, por isso não reconheceram o Ressuscitado", disse, recordando do Evangelho deste domingo.

Embora exista corrupção, interesses econômicos, sofrimento dos pobres, injustiça, graves violações dos direitos humanos e tantos outros problemas no mundo, o arcebispo de Viena enfatizou: "É necessário esperar pacientemente pela Misericórdia de Jesus, que se dirige a nós".

"Como com os discípulos de Emaús, estamos na presença de Jesus Misericordioso, especialmente através da palavra e da Eucaristia", lembrou.

"A história do sucesso do cristianismo não é baseada em vitórias políticas ou militares. Foram mais do que palavras. Foram palavras traduzidas em gestos. As palavras podem ser muito bonitas, mas são vazias se não se traduzem em ações", disse.

"Que possamos, após estes dias abençoados do Congresso, nos comprometer a ‘queimar os corações’ das pessoas as quais o Senhor nos enviar, testemunhando sua incomensurável misericórdia!”, concluiu.

sábado, 5 de abril de 2008

Bispos falam da Pastoral Afro-brasileira e mudanças na liturgia

Bispos falam da Pastoral Afro-brasileira e mudanças na liturgia

Kelen Galvan
Indaiatuba (SP)


Dom Luiz Demétrio Valentini, Dom João Alves dos Santos e Dom Joviano de Lima Júnior na coletiva desta sexta-feira

O Documento de Aparecida, mudanças na liturgia e o lançamento de um texto sobre a Pastoral Afro-brasileira foram os temas abordados na coletiva da tarde desta sexta-feira, 04, na 46ª Assembléia Geral da CNBB em Indaiatuba (SP). Estavam presentes na mesa, Dom Joviano de Lima Junior, Arcebispo de Ribeirão Preto (SP), Dom Luiz Demetrio Valentini, Bispo de Jales (SP) e Dom João Alves dos Santos, Bispo de Paranaguá (PR).

Conferência de Aparecida

Recordando a V Conferência, que aconteceu em maio de 2007, na Basílica de Aparecida (SP), Dom Demétrio falou como os bispos e, até mesmo o Papa, se surpreenderam com a Conferência e atribuiu isso à proximidade com o povo mais simples. "A Conferência foi realizada dentro de um Santuário, próximo ao povo e essa proximidade produziu um clima de simplicidade, respeito e confiança muito positivo entre os bispos", destacou.

O Bispo recordou que este é o único continente em que acontecem estas Conferências e onde existe um órgão (CELAM) que as articula. "Isso proporciona uma retomada da identidade própria da Igreja na América Latina", disse.

Dom Demétrio destacou algumas intuições do Documento Aparecida, que devem ser levadas em conta, como a identificação da Igreja com o povo e suas lutas: "O método 'ver, julgar e agir', retomado nesta Conferência".

"A Igreja que quer estar a serviço da vida dos povos e não se fecha em si própria. Isso foi provado no Concílio Vaticano II, que permanece válido, no sentido de renovar a Igreja à luz do Evangelho e aos apelos do mundo atual". Segundo ele, este é o maior desafio de Aparecida.

"Como colocar estes valores importantes em prática? Como ser uma Igreja em constante estado de missão? Aparecida é para retomarmos muitas coisas", destacou.

Pastoral Afro-brasileira

Dom João explicou que esta pastoral tem crescido no sentido de "desenvolver os valores e culturas dos povos afros, integrando a fé, cultura, a experiência com Jesus Cristo".

O bispo afirmou que há muitos aspectos a serem considerados, primeiro que esta é uma ação da Igreja para evangelizar a partir da realidade dos afro-descendentes no Brasil. Também, à luz do Documento Aparecida, podemos valorizar as culturas, expressões, e integrá-las na vivência da fé e no ser Igreja.

"A Igreja procurou refletir e aprofundar a realidade atual do povo negro. Suas condições de vida, acesso a moradia e educação. Diante desta realidade quer ser uma luz para dar espaço para esta grande parcela do povo que, ainda, é marginalizada", explicou.

Falando sobre os desafios da Pastoral, Dom João pontuou quatro aspectos:

- Um dos desafios é a questão do "ser sujeito". Embora os afro–descendentes sejam metade da população brasileira, o negro não é sujeito da história;
- Outro ponto é fazer este sujeito ser protagonista na Igreja, pela sua participação na vivência e celebração da sua fé;
- Também, no sentido de construir uma sociedade a partir dos valores, respeito, acolhimento e partilha devem ser resgatados;
- E como último aspecto, destacou a marginalizacão da sociedade: "são uma grande massa de excluídos e precisamos, à luz do Evangelho e da proposta de Jesus, construir uma sociedade de irmãos. Que todos tenham oportunidades iguais de trabalho e participação na sociedade, para que vivam de forma justa e igualitária", explicou.

Sobre a presença da cultura afro nas Celebrações Eucarísticas, Dom Joviano, contribuiu explicando que "a Palavra, o gesto, o símbolo que correspondem aquilo que celebramos no Mistério são litúrgicos. Portanto, a música e os instrumentos". E disse que isto já está bem estabelecido a nível mundial e que a CNBB tem feito seminários para estudar o assunto.

Mudanças na Liturgia

Dom Joviano falou que, nesta manhã, foram apresentados três aspectos da liturgia, um foi sobre a inclusão de bem-aventurados, beatos e santos recentes no calendário litúrgico, que foi aprovado nesta Assembléia.

O segundo ponto foi sobre o pedido de que Frei Galvão seja declarado o patrono da construção civil. O bispo explicou que este pedido deverá ser enviado à Santa Sé.

O último aspecto foi a aprovação, na Assembléia, de algumas mudanças na tradução das Orações Eucarísticas I, II e III. Segundo Dom Joviano, está sendo realizada uma revisão no Missal Romano: "O texto vem para a Assembléia para ser emendado e aprovado. Daqui é encaminhado para a Santa Sé, para verificação e possível aprovação ou não".

Além destas, os bispos receberam outras orações eucarísticas para estudarem e começarem o novo processo de elaboração.

Pregador do Papa fala sobre uso dos dons carismáticos

Pregador do Papa fala sobre uso dos dons carismáticos

Hoje foi o 2º dia do II Colóquio Internacional sobre Carismas, em Roma. O dia começou com um momento de oração conduzido pelo africano Frei Emanuel Tusiime, com cânticos e uso dos dons carismaticos. Posteriormente, o Frei Francis Martin, proveniente dos Estados Unidos, um dos congresssistas, aprofundou o tema "Aprofundamento Bíblico no uso dos Dons". Também mereceu destaque a colocação do pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa que falou sobre "Os dons carismáticos na Patrística". Ele falou, com exclusividade ao Canção Nova Notícias.

Frei Raniero Cantalamessa, falou sobre o uso dos dons carismáticos: "Antes, eles eram ligados a hierarquia. Por exemplo, a profeciaera considerada de uso proprio do magisterio da Igreja para responder perfeitamente a Escritura. Hoje nós sabemos que a profecia tem um campo muito vasto e assim há uma novidade expressa na Palavra 'Novo Pentecostes'. O Papa mesmo já a usou e aquilo que está acontecendo é um Novo Pentecostes".

Também em entrevista ao Canção Nova Notícias, a presidente da International Catholic Charismatic Renewal Services (ICCRS), Michelle Moran disse: "Uma das coisas que João Paulo II nos pediu para fazer foi ter, na Igreja, um movimento, uma expressão que pudesse crescer na maturidade eclesial. Em vista disso, nos últimos anos, temos tentado ajudar as pessoas a crescerem na fé, na compreensão e, quem sabe, na sensibilidade para exercitar os carismas".

A respeito da essência da Renovação carismática Católica, Michelle disse que ela deve ser "aberta ao Espírito Santo: "Devemos ser muito abertos a tudo que o Espírito Santo nós pede, até mesmo para as próximas fases do movimento carismático. Como lideres da Renovação devemos escutar ao Senhor, discernir e caminhar passo a passo segundo as orientações que o Espìrito está indicando".

Segundo os organizadores do colóquio, o uso eficaz dos carismas para a evangelização e a proclamação da Palavra de Deus resultam em cerca de 150 milhões de fiéis católicos no mundo. Esses dados, conforme foi divulgado, motivaram estudiosos e líderes da Renovação Carismática e Novas Comunidades a se reunirem para aprofundar o Tema "Dons Carismáticos e o seu uso na igreja primitiva atravessando os séculos até os dias de hoje", na Casa de Exercícios Espirituais "Nossa Senhora Mãe da Misericórdia", em Roma.

Este encontro é organizado pelos dois principais organismos de coordenação da Renovação Carismática Católica (ICCRS), com sede no Vaticano, e Catholic Fraternity of Charismatic Covenant Communities and Fellowships, com sede na cidade italiana de Bari), em colaboração com o Pontifício Conselho para os Leigos. Trata-se de uma continuação do primeiro congresso, ocorrido em 2001. Entre os Participantes, estão Monsenhor Jonas Abib, fundador da Comunidade Canção Nova, o Arcebispo de Palmas, Dom Alberto Correa, Padre Ruffus da cidade de Bombaim na Índia e Mateo Calise da Itália Fundador da Comunidade Gesu.

"Servindo o próximo servimos o próprio Jesus", diz Papa

"Servindo o próximo servimos o próprio Jesus", diz Papa


Rádio Vaticano

"A verdadeira fonte do serviço de amor que a Igreja desenvolve em relação aos mais débeis está na fé de que o Senhor venceu o pecado e a morte e que servindo os outros servimos o próprio Senhor Jesus", afirmou o Papa Bento XVI ao receber, nesta sexta-feira, no Vaticano, os representantes da chamada "Fundação Papal", instituição norte-americana presidida pelo cardeal Theodore Mc Carrick, arcebispo emérito de Washington.

Evocando as manifestações do Ressuscitado, passagens evangélicas proclamadas neste tempo pascal, o Papa sublinhou que o encontro com o Senhor Ressuscitado suscita nos discípulos, até aí tristes e desapontados, alegria e esperança: "O seu testemunho de fé transmite-nos a firme convicção de que Cristo vive no meio de nós, assegurando-nos os dons que nos permitem ser mensageiros de esperança no mundo de hoje (...) A verdadeira nascente do serviço de amor da Igreja, aliviando os sofrimentos dos pobres, pode ser identificada na fé de que o Senhor venceu definitivamente o pecado e a morte, e de que, servindo os seus irmãos e irmãs, ela serve o próprio Senhor, até que Ele venha na glória”.

O Papa concluiu agradecendo a ajuda concreta que esta Fundação fornece a tantas pessoas carecidas, e fazendo votos de que se multipliquem os esforços de solidariedade, para ir ao encontro das necessidades espirituais e materiais de toda a família humana.

A "Fundação Papal" é empenhada em atividade social e caritativa, sobretudo em relação à Europa de Leste e à África, assegurando nomeadamente bolsas de estudo a padres e leigos que estudam nas Universidades pontifícias. A instituição recolheu no último ano contributos no valor de mais de 7,5 milhões de dólares, destinados a Bolsas de estudo e variadas obras de assistência. Desde 1990, a verba disponibilizada pela Fundação ascende a mais de 41
milhões de dólares.

Encontro leva fiéis à experiência com Jesus Misericordioso

Encontro leva fiéis à experiência com Jesus Misericordioso


Da Redação

Em Roma, o Congresso Apostólico Mundial da Divina Misericórdia, que iniciou nesta quinta-feira, 3, está movimentando toda a cidade. Momentos especiais de oração, confissão, adoração ao Santíssimo Sacramento, shows de evangelização, missas e pregações estão proporcionando aos presentes no centro histórico da cidade, nas praças e nas Igrejas, um encontro pessoal com Jesus Misericordioso. Brasileiros, como o Padre Marcial Maçaneiro, assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e Ricardo Sá, membro da Comunidade Canção Nova, participam do encontro.

Padre Marcial Maçaneiro é um dos congressistas. Em sua colocação, nesta sexta-feira, abordou o tema “Misericórdia, Carisma e Missão”.

Hoje, pontualmente às 15 horas, em todas as igrejas que abrigam o congresso, o terço da Misericórdia foi rezado. Ao longo da oração, animadores cantaram e apresentaram suas intenções.

A Igreja São João de Latrão se tornou espaço para testemunhos e intervenções como a do Bispo de Lyon, Cardeal Babarram e do ex-secretário de João Paulo II, Cardeal Stanislaw Dziwisz. Nesta mesma igreja o Vigário Geral da Diocese de Roma, Cardeal Ruini, celebrou uma das missas.

Na noite deste sábado, Ricardo Sá fará uma apresentação na Praça Navona. No Domingo, o Cardeal arcebispo de Viena, Christoph Schoenborn celebrará a Santa Missa na Praça de São Pedro. Em seguida todos participarão do Regina Coeli, com o Papa Bento XVI. E assim se concluem as atividades do I Congresso Apostólico Mundial da Divina Misericórdia.


quarta-feira, 2 de abril de 2008

"Avós" é tema de Assembléia no Vaticano

"Avós" é tema de Assembléia no Vaticano
Rádio Vaticano
O Pontifício Conselho para a Família promove, nos dias 3, 4 e 5 de abril, sua XVIII Assembléia Plenária, que terá como tema “Os avós testemunho e presença”. Esta escolha quer destacar o papel crescente dos mais idosos no âmbito familiar: de coesão, apoio e sustento dos netos, e de mediação no relacionamento entre cônjuges e entre pais e filhos. “A sociedade de hoje, ressalta uma nota do Pontifício Conselho, é marcada pela falta de comunicação e de tempo para a vida familiar, pelo aumento da mobilidade profissional e por outros fatores de desagregação”. Neste contexto, os avós representam presença e referência insubstituíveis, oferecendo uma ajuda significativa na obra educativa e na transmissão da fé. A valorização desta contribuição humana e espiritual e a sua consciência, por parte de pais e filhos, reforçam o relacionamento entre as gerações e favorecem a compreensão e a comunhão entre os membros da chamada “Igreja doméstica”. Os trabalhos da assembléia serão precedidos, todas as manhãs, por uma Liturgia Eucarística na Basílica Vaticana. As cerimônias serão presididas pelos cardeais George Pell, Arcebispo de Sydney, Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, e Alfonso López Trujillo, Presidente do Pontifício Conselho para a Família.