sábado, 31 de maio de 2008

Bento XVI incentiva globalização da solidariedade

Bento XVI incentiva globalização da solidariedade
Da Redação, com Rádio Vaticano
A globalização em curso não deve dizer apenas respeito aos interesses econômicos e comerciais, mas há de estender-se também às expectativas de solidariedade, ressaltou o Papa Bento XVI, neste sábado, aos participantes do congresso internacional promovido pela Fundação "Centesimus Annus – Pro Pontifice", reunidos na Universidade Gregoriana, em Roma, para discutir o tema "Capital social e o desenvolvimento humano".

O Papa agradeceu a todos pelo serviço que prestam à Igreja e aos pobres, em várias partes do mundo, e lhes disse que o tema "O capital social e o desenvolvimento humano" oferece a chance de refletir sobre a necessidade, sentida por muitos, de promover o desenvolvimento global atento à promoção integral do homem.O desenvolvimento harmonioso é possível, se as opções econômicas e políticas considerarem princípios fundamentais tais como a subsidiariedade e a solidariedade. Assim, no centro de toda programação econômica, deve estar sempre a pessoa criada à imagem de Deus e por Ele indicada para velar e gerir os imensos recursos da criação:"Somente uma cultura comum de participação responsável pode permitir aos seres humanos sentirem-se ativos colaboradores no processo de desenvolvimento mundial, e não meros e passivos destinatários.
O homem, a quem Deus, no Genesis, confiou a terra, tem o dever de fazer render os bens terrenos, comprometendo-se a utilizá-los para atender as necessidades de todos os membros da família humana".Em outras palavras, o homem deve administrar os recursos que Deus lhe deixou colocando-os à disposição de todos; evitando que os lucros sejam apenas para alguns e que formas de coletivismo o oprimam. O crescimento econômico não pode ser diferenciado da busca de um desenvolvimento integral, humano e social.A este ponto, o Papa recordou um trecho de sua encíclica Spe salvi: "As melhores estruturas só funcionam se numa comunidade subsistem convicções que sejam capazes de motivar os homens para uma livre adesão ao ordenamento comunitário".Assim, Bento XVI convidou os membros da Fundação a oferecerem sua reflexão como contribuição para a realização de uma justa ordem econômica mundial."No último dia, no dia do Juízo universal, nos será questionado se usamos tudo o que Deus colocou a nossa disposição para atender as expectativas legitimas e as necessidades de nossos irmãos mais frágeis, especialmente os menores e mais necessitados", disse o Pontífice.
No final do encontro, o Papa abençoou a todos, assegurando-lhes sua proximidade na oração. A fundação Centesimus Annus-Pro Pontífice foi instituída em 5 de junho de 1993, por desejo expresso de João Paulo II, no âmbito da Pontifícia Universidade Lateranense, de Roma, para promover o estudo, a difusão e a aplicação da Doutrina Social da Igreja no setor profissional e empresarial.O encontro anual de seus membros, que se conclui hoje, é dedicado ao aprofundamento das noções de 'capital social' como conjunto de bens imateriais que geram crescimento econômico, desenvolvimento e bem comum.
Hoje, todos participaram de uma missa celebrada pelo cardeal Attilio Nicora, presidente da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica, na Gruta de Lurdes, nos Jardins do Vaticano.O Conselho de Administração da Fundação Centesimus Annus-Pro Pontifice é composto por sete membros leigos, um deles designado pela Santa Sé e os outros seis por votação entre os membros do Conselho.
O presidente atual e representante legal é o conde italiano Lorenzo Rossi di Montelera.

Bento XVI fala sobre família e violência social

Bento XVI fala sobre família e violência social
Rádio Vaticano
O Papa Bento XVI, fez um discurso ao novo diplomata da Guatemala junto à Santa Sé, Acisclo Valladares Molinao, e assegurou suas orações pela segurança, o progresso e a convivência harmoniosa do povo guatemalteco.O Pontífce recordou que se completam 25 anos da primeira visita pastoral de João Paulo II àquele país; visita que atestou a solicitude e a proximidade da Santa Sé à Guatemala, inclusive em seus momentos mais delicados.

Tal solicitude é recíproca, disse Bento XVI, que sente que os laços de amizade que unem a Guatemala à Santa Sé e ao papa são fortes.Outro desafio recordado pelo Santo Padre é o problema da desnutrição de numerosas crianças: o direito à alimentação responde principalmente a uma motivação ética: “dar de comer aos famintos”. Para ilustrar este conceito, o papa explicou que o objetivo de erradicar a fome e ao mesmo tempo de oferecer uma alimentação saudável e eficiente, requer também métodos e ações específicas que permitam a exploração dos recursos, no respeito do patrimônio da criação."Trabalhar neste sentido é uma prioridade que comporta não apenas o benefício dos resultados da ciência, da pesquisa e das tecnologias, mas também levar em conta os ciclos e o ritmo da natureza conhecidos pelos agricultores, assim como proteger os usos tradicionais das comunidades indígenas, deixando de lado razões egoístas e exclusivamente econômicas”, afirma o Papa.Bento XVI recordou ainda as dificuldades das mães, que devem ter o direito de educar e nutrir seus filhos com dignidade, e de evitar o injustificável recurso ao aborto.
Neste sentido, ressaltou a tarefa urgente de salvaguardar a vida, principalmente a do nascituro, e facilitar a adoção de crianças, agilizando os procedimentos necessários e garantindo sua legalidade."O flagelo da violência social se agrava com a falta de diálogo e de coesão nos lares, com as lacerantes desigualdades econômicas, com graves negligências e deficiências sanitárias, com o consumo e o tráfico de drogas ou a crescente corrupção.
Constato com satisfação os passos dados por sua Nação no combate a estas tragédias", disse o papa.Bento XVI terminou seu discurso felicitando o diplomata, sua família e todos os membros da missão, e oferecendo a ajuda de seus colaboradores, quando preciso.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Divulgado programa da viagem de Bento XVI a Sidney

Divulgado programa da viagem de Bento XVI a Sidney
Da Redação
Foi divulgado hoje o programa da viagem apostólica de Bento XVI a Sidney (Austrália), na XXIII Jornada Mundial da Juventude que acontecerá entre 12 e 21. O Papa partirá de Roma no sábado, 12 de julho, às 10 horas (horário local) do Aeroporto Fiumicino e chegará na Austrália no domingo às 9h15 (horário de Austrália), no Aeroporto de Darwin. Ele então irá para o aeroporto de Richmond (Sidney) e de lá seguirá à residência privada onde permanecerá até a manhã de quinta-feira, 17. Na quinta-feira, 17, após Missa privada, na parte da manhã, acontecerá uma celebração de acolhida na Casa do Governo em Sidney. Posteriormente terá um momento com o Governador Geral e se reunirá com o primeiro-ministro. Depois de um breve momento, será recepcionado com danças e canções tradicionais pelos indígenas. Posteriormente, vai embarcar no navio "Sidney 2000". Neste momento os jovens darão as "boas vindas" ao Papa.Na sexta-feira, 18, haverá uma Missa privada às 10h30. Em seguida, participará de um encontro ecumênico na cripta de St. Mary's Cathedral. Depois, se reunirá com representantes de outras religiões, no mesmo local. O Papa almoçará com alguns jovens que irão conduzir um momento de oração em frente à St. Mary's Cathedral. Às 18h45 se reunirá com membros de uma comunidade de jovens da Universidade de Notre Dame Sidney, na Igreja do Sagrado Coração do Ateneo. No sábado, 19, Bento XVI realizará uma Missa às 9h30 na Catedral St. Mary's com bispos, seminaristas, noviços e noviças australianos. na oportunidade, fará a consagração do novo altar do templo. Almoçará com os bispos e na parte da tarde irá para Randwick presidir uma vigília de oração para jovens. No domingo, 20 de julho, às 10 horas, irá presidir à missa para a XXIII Jornada Mundial da Juventude e ler o Ângelus em Randwick. Às 18 horas, discursará aos benfeitores e organizadores da XXIII Jornada Mundial da Juventude, na St. Mary's Cathedral House. Em 21 de julho, após Missa privada, irá para a Câmara, de onde se despedirá dos voluntários da XXIII Jornada Mundial da Juventude e de onde discursará. Sairá do Aeroporto Internacional de Sidney, onde será saudado pelas autoridades antes de ir para o Aeroporto de Darwin. De lá, retornará para Itália.

Seminário forma agentes para comissões em defesa da vida

Seminário forma agentes para comissões em defesa da vida

CNBB
A CNBB, a Comissão Nacional da Pastoral Familiar e o Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo promovem, a partir de hoje, 30, o Seminário Nacional de Formação de Agentes para as Comissões Diocesanas e Regionais em Defesa da Vida.

O encontro, que acontece em Brasília, tem como tema 'Igreja, fraternidade e defesa da vida'. Os objetivos são discutir e propor formas de dar continuidade ao trabalho iniciado com a Campanha da Fraternidade de 2008, Fraternidade e defesa da vida.

O secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, presidirá a abertura do evento. No sábado, 31, os participantes assistirão a quatro palestras: Igreja brasileira a partir de Aparecida e a defesa da vida, pelo professor Francisco Borba Ribeiro Neto, do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP; Questões candentes no campo da bioética, pelo Frei Antonio Moser e Membro da Comissão de Bioética - CNBB; Uma leitura dinâmica da criação, pelo médico e bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antonio Augusto Dias Duarte, da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e a Família; O acolhimento da pessoa humana e a educação para a defesa da vida, pela professora Eloísa Marques Miguez, da Comunidade Senhor da Vida. À noite, haverá uma confraternização cultural, com apresentação do violeiro Chico Lobo.

A programação prossegue no domingo, 1º de junho, com as palestras: A defesa da vida no contexto do Estado laico - aspectos jurídicos e institucionais, pelo jurista Paulo Leão, presidente da Associação Católica de Juristas do Rio de Janeiro; Estratégia: Como implantar uma Comissão pela Defesa da Vida, pela médica Maria das Dores Dolly Guimarães, advogada e representante da Federação Paulista do Movimento em Defesa da Vida; Perspectivas para a ação da Igreja no Brasil em defesa da vida, sessão plenária coordenada por Dalton Luis de Paula Ramos, professor de Bioética da USP, membro correspondente da Pontifícia Academia para a Vida e da Comissão de Bioética da CNBB.

O encerramento do encontro, previsto para às 16h, será presidido por Dom Antônio Augusto Dias Duarte.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Nomeados novos bispos para as dioceses de Vacaria e Guarabira

Nomeados novos bispos para as dioceses de Vacaria e Guarabira
CNBB
O Papa Bento XVI nomeou, nesta quarta-feira, 28, o padre Francisco de Assis Dantas de Lucena, bispo da diocese de Guarabira, no Estado da Paraíba, vacante desde novembro de 2006.

Já para a diocese de Vacaria (RS), vacante desde janeiro do ano passado, foi nomeado bispo o Frei Irineu Gassen, OFM. Padre Francisco, 44, é natural de Jardim do Seridó (RN), onde fez o ensino fundamental e médio. Cursou filosofia e teologia no Seminário Arquidiocesano de São José, da arquidiocese do Rio de Janeiro, e Direito Canônico no Instituto Superior de Direito Canônico no Rio de Janeiro.
Ordenado presbítero em 21 de julho de 1991, em Caicó (RN), padre Francisco foi administrador paroquial e vigário paroquial em várias paróquias da diocese de Caicó; reitor do Seminário Diocesano Santo Cura D´Ars; ecônomo da diocese; presidente do Departamento Diocesano de Ação Social; pároco em de São José do Seridó; pró-vigário geral e coordenador da cúria diocesana e articulador da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada no Regional Nordeste 2.Atualmente, padre Francisco é professor de Direito Canônico na Faculdade de Teologia Cardeal Eugênio Sales, pároco da paróquia São Francisco de Assis, Membro do Colégio de Consultores e do Conselho Presbiteral da diocese de Caicó. Já o novo bispo de Vacaria, Frei Irineu, 65, é gaúcho, nascido em Formosa, Santa Cruz do Sul (RS), em 24 de novembro de 1942. Franciscano da Ordem dos Frades Menores (OFM), Frei Irineu fez o noviciado e Filosofia no Convento São Boa Ventura, em Daltro Filho, município de Imigrantes (RS).
Cursou Teologia no Convento Santo Antônio, em Divinópolis (MG), e no Seminário Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Viamão (RS). Frei Irineu recebeu a ordenação presbiteral em Santa Cruz do Sul, no dia 27 de julho de 1968. Dentre as muitas funções que exerceu, foi Mestre dos Noviços e professor no Seminário Menor de Daltro Filho; pároco da paróquia São Francisco de Assis, em Porto Alegre, e paróquia Cristo Rei, em Não-me-Toque, diocese de Passo Fundo (RS); secretário da Família Franciscana do Brasil, no Rio de Janeiro; superior da comunidade e reitor do Seminário do Curso Médio em Taquari (RS) e em Agudo (RS); superior provincial dos Franciscanos do Rio Grande do Sul. Atualmente, Frei Irineu é pároco da paróquia São João Batista, em Daltro Filho, diocese de Caxias do Sul.

Vaticano publica comunicado sobre a obediência na Vida Consagrada

Vaticano publica comunicado sobre a obediência na Vida Consagrada
Rádio Vaticano
A Congregação para os Institutos de Vida Consagrada publicou esta manhã, 28, um comunicado intitulado "O serviço da autoridade e a obediência", instrução que está sendo apresentada no âmbito da assembléia dos Superiores e Superioras gerais em andamento no Salesianum de Roma.

O documento é dirigido principalmente aos membros de Institutos religiosos (ordens e congregações), mas também pode ser acolhido por membros das Sociedades de vida apostólica e pessoas consagradas.
O texto de 50 páginas aborda o tema da obediência religiosa, cuja raiz é vista na procura de Deus e de sua vontade, assumida pelos fiéis. "A obediência cristã e religiosa não se configura simplesmente no cumprimento de leis ou disposições eclesiásticas ou religiosas, mas no momento de um percurso de busca de Deus, que passa através da escuta de sua Palavra, na conscientização sobre seu desígnio de amor, na experiência fundamental de Cristo, obediente por amor até a morte de Cruz", esclarece a Congregação.
A autoridade na vida religiosa deve ser interpretada neste contexto como ajuda à comunidade para buscar e realizar a vontade de Deus.
A obediência não se justifica a partir da autoridade religiosa, porque todos na comunidade, e principalmente a autoridade, são chamados a obedecer. Assim, a Instrução enquadra a autoridade no âmbito do compromisso grande e comum da obediência. E se conclui enfrentando o delicado tema das 'obediências difíceis': isto é, quando religiosos ou religiosas têm dificuldade em cumprir o que lhes é pedido, ou quando quem deve obedecer alega ver "coisas melhores e mais úteis à sua alma do que aquelas que o superior lhe ordena", para usar as palavras de São Francisco, citadas na Instrução.
O documento acena também à possibilidade da "objeção de consciência", o direito de quem obedece. Enfim, enfrentando os aspectos mais problemáticos da questão da obediência, a Instrução recorda antes de tudo que a obediência na vida religiosa pode gerar momentos difíceis e situações de sofrimento. Mas as dificuldades não residem somente em quem deve obedecer... a autoridade também pode passar por momentos de desanimo e fadiga, que podem levar a atitudes de renúncia ou omissão no exercício da orientação e animação da comunidade.
Tudo isso, explica o documento, pode ser bem entendido com uma sábia leitura de fé sobre a prática da obediência e do exercício da autoridade, apresentado como a “mediação humana” da vontade de Deus. Isto, porém, não significa que a vontade superior coincida perfeita e automaticamente com a vontade de Deus: é um instrumento, caracterizado, como toda realidade humana, por limites e erros.

Por um lado, o documento contém uma serena e motivada exortação à obediência, e por outro, oferece um amplo e articulado conjunto de indicações para o exercício da autoridade. Trata por exemplo, do convite à escuta, ao diálogo, à compartilha, à co-responsabilidade, a criar comunhão apesar da diversidades, a tratar as pessoas com misericórdia. Também são indicadas as prioridades no exercício da autoridade: a atenção à vida espiritual da comunidade e dos fiéis; a garantia da qualidade e de horários dedicados à oração, a promoção da dignidade da pessoa, e ainda o acompanhamento no caminho da formação permanente, entre outras.
As comunidades religiosas merecem destaque especial no documento: diante da excessiva acentuação do espírito comunitário, presente em algumas ordens, precisa-se que "o discernimento comunitário não substitui a natureza e a função da autoridade, a quem cabe sempre a decisão final". Com efeito, não se pode esquecer que a mais alta autoridade no âmbito dos Institutos religiosos é o próprio capítulo geral, órgão de caráter colegial.
Recordando-se sempre que tanto a obediência como a autoridade têm uma relação peculiar com Jesus, Senhor e Servo de todos.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Bélgica celebra 75 anos das aparições de Nossa Senhora dos Pobres

Bélgica celebra 75 anos das aparições de Nossa Senhora dos Pobres
Da Redação, com Ecclesia


Bento XVI nomeou o Cardeal Godfried Danneels como seu enviado especial às celebrações do 75º aniversário das aparições da "Vierge des Pauvres" (Virgem dos Pobres) no Santuário de Banneux, Bélgica.
Em carta escreita em latim, datasa de 27 de maio, Bento XVI pede ao Cardeal Danneels que transmita as suas saudações aos prelados e fiéis na celebração mariana, assegurando a sua oração pelo aniversário.
O pequeno povoado belga tinha cerca de 300 habitantes quando, em 15 de Janeiro de 1933, a Virgem Maria apareceu a Mariette Beco, de 11 anos, pela primeira vez. A esta, seguiram-se mais sete aparições.
Nossa Senhora manifestou-se como Nossa Senhora dos Pobres e mostrou à pequena vidente uma fonte "para todas as nações... para os enfermos", além de pedir orações e a construção de uma capela no lugar. "Orai muito" foi a última recomendação mariana.
O reconhecimento eclesiástico dessas aparições aconteceu em 22 de agosto de 1949, através de uma carta de Dom Louis-Joseph Kerkhofs, então bispo de Liége, na Bélgica.As 8 aparições são interpretadas pela Igreja como um "convite a contemplar Maria como a serva do Senhor, que vem suscitar a fé e a oração, que conduz a Jesus, fonte da graça que dá água viva a todas as nações e em particular aos enfermos do corpo ou do espírito, para que encontrem e vivam seus sofrimentos com Jesus, ao lado de sua Mãe".
A manifestação mariana a uma menina, numa pequena aldeia de mineiros, mostra desta forma a particular proximidade de Nossa Senhora aos pobres, aos simples e aos puros de coração.Numa carta aos fiéis, também por ocasião do 75º aniversário das aparições, o bispo de Liége, Dom Aloysius Jousten, insistia que "a Mãe de Jesus remete sempre a seu Filho. Ele é a fonte da verdadeira vida, da vida plena".
"Que cada um de nós, que seja pobre ou que tenha um coração pobre, se sinta acolhido e amado por Deus. Nossa Senhora dos Pobres nos segura pela mão e conduz-nos à fonte, ao seu Filho", afirmou o bispo, na carta. Ele acrescentou: "Nossa Senhora nos convida a ser, uns para os outros, guias para a fonte da verdadeira vida, da verdadeira felicidade".

Pais de Santa Terezinha são exumados

Pais de Santa Terezinha são exumados
Agência Ecclesia
Os corpos dos pais da Santa Teresa de Lisieux, cujo processo de beatificação está em curso, foram ontem, 26, exumados, para serem transladados para a Cripta da Basílica de Santa Terezinha, em setembro. Neste ano Louis e Zélie celebrariam 150 anos de casamento. Seus restos mortais serão colocados num relicário, que ainda será feito em Verona, Itália.

Os corpos de Louis (1823-1894) e Zélie Martin (1831-1877), proclamados veneráveis em 1994, foram exumados das suas tumbas, situadas próximo da Basílica de Lisieux, durante uma cerimônia privada onde esteve presente Pietro, uma criança italiana de seis anos, miraculosamente curada graças à intercessão do casal, segundo informação do Santuário de Lisieux. A cura de Pietro está sendo examinada pelos especialistas da Congregação.
A Congregação para as Causas dos Santos publicou um decreto, aprovado por Bento XVI, reconhecendo que os Martin viveram as virtudes da fé, da esperança e da caridade de forma heróica. "Se Louis e Zélie Martin forem algum dia beatificados não será porque foram pais de uma santa, mas porque a sua vida é reconhecida pela Igreja", explica o Santuário. Até ao momento, apenas um casal, os italianos Luigi e Married Beltrame Quattro Occhi, foram beatificados simultaneamente.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Bispo fala da relação diplomática entre Santa Sé e China

Bispo fala da relação diplomática entre Santa Sé e China
Da Redação, com Rádio Vaticano
Sobre as relações entre China e Santa Sé, falou o bispo de Hong Kong, Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, em entrevista ao jornal italiano "La Stampa".Para o cardeal, a "principal dificuldade nas relações diplomáticas entre a Santa Sé e a República Popular Chinesa é a falta de uma real liberdade religiosa na China, seja para a Igreja Católica, mas também para os protestantes e, em menor medida, para outras religiões". Para os católicos, afirma o bispo, há uma dificuldade a mais: a Associação patriótica que o governo mantém ainda hoje (depois de 50 anos) como "interlocutora" entre Igreja e poder político. "É um organismo de poder que não ajuda o diálogo; seria muito melhor se o governo tratasse diretamente com a Igreja", afirma.De acordo com o Cardeal Zen Ze-kiun, "estabelecer relações diplomáticas hoje significaria legitimar uma política religiosa que não concede efetiva liberdade". O purpurado considera como maior obstáculo a nomeação de bispos, em relação à qual o governo pretende interferir; e se poderá sair desse impasse "somente se as autoridades mudarem de estratégia". "Trata-se de uma questão decisiva para a natureza autêntica da Igreja. Se não for resolvida, não poderá ser possível prosseguir no diálogo", adverte.

domingo, 25 de maio de 2008

O Criador se fez alimento para nos dar a Vida, explica Bento XVI

O Criador se fez alimento para nos dar a Vida, explica Bento XVI
Tradução:Canção Nova
Queridos irmãos e irmãs !Na Itália e em diversos países acontece hoje a Solenidade de Corpus Christi, que no Vaticano e em outras nações foi celebrado na quinta-feira passada. É a festa da Eucaristia, dom maravilhoso de Cristo, que na última ceia desejou deixar-nos um memorial de sua Páscoa, o sacramento do seu corpo e do seu sangue, penhor de um imenso amor por nós. Há uma semana, os nossos olhares estavam voltados para o mistério da Santíssima Trindade; hoje somos convidados a fixar nosso olhar na Hóstia Santa: é o mesmo Deus! O mesmo Amor! Esta é a beleza da verdade cristã: O Criador e Senhor de todas as coisas se fez um "grão de trigo" para ser semeado na nossa terra, nos sulcos da nossa história; se fez pão para ser partido, dividido, comido; se fez alimento para nos dar vida, a sua própria vida Divina. Nasceu em Belém que significa "Casa do pão", e quando começou a pregar às multidões, revelou que o Pai O tinha enviado no mundo como "Pão vivo descido do céu", como "Pão da Vida".A Eucaristía é a escola de caridade e solidariedade. Quem come do Pão de Cristo não pode permanecer indiferente diante a quem, também nos nossos dias, não tem o pão cotidiano. Tantos pais conseguem com muito esforço providenciar para si e para os próprios filhos o pão de cada dia. É um problema sempre mais grave, que a comunidade internacional se afadiga para resolver. A Igreja não somente reza "o pão nosso de cada dia nos dai hoje", mas, sob o exemplo de seu Senhor, empenha-se de todos os modos para "multiplicar os cinco pães e os dois peixes" com inúmeras iniciativas de promoção humana e partilha, para que a ninguém falte o necessário para viver.Queridos irmãos e irmãs, a festa de Corpus Christi seja ocasião para crescer nesta concreta atenção aos irmãos, especialmente os pobres. Nos obtenha esta graça a Virgem Maria, de quem o Filho de Deus tomou carne e sangue, assim como repetimos em célebre hino eucarístico, composto por grandes compositores: "Ave verum corpus natum de Maria Virgine", concluindo com a invocação: "O Iesu dulcis, o Iesu pie, o Iesu fili Mariae!". Maria que levou no seu ventre Jesus, foi o tabernáculo vivo da Eucaristia, nos dê a sua mesma fé no Santo Mistério do Corpo e Sangue de seu Divino Filho, para que seja verdadeiramente o centro de nossa vida. Junto de Maria nos reencontraremos no sábado próximo, as 20 horas, na Praça São Pedro, para uma celebração especial de conclusão do mês mariano.Após a oração do Ângelus, o Papa saudou aos vários peregrinos reunidos no Vaticano, em especial os de origem chinesa:"Saúdo com grande afeto os peregrinos de língua chinesa, que estão em Roma, vindos de toda a Itália por ocasião do Dia Mundial de Oração pela Igreja da China. Confio ao amor misericordioso de Deus todos os vossos compatriotas que nestes dias faleceram devido ao terremoto, que feriu uma vasta área do vosso país. Renovo a minha proximidade pessoal a todos aqueles que estão vivendo momentos de angústia e tribulações. Graças a fraterna solidariedade de todos, possam as populações daquela regiões, retomarem logo a normalidade do dia-a-dia.Junto a vocês, peço à Maria, auxílio dos Cristãos, Nossa Senhora de Sheshan, de sustentar "o empenho daqueles que na China, entre as fadigas cotidianas, continuam a crer, a esperar, a amar, para que nunca temam falar de Jesus ao mundo e do mundo a Jesus", permacedendo "sempre testemunhas confiáveis" do Seu amor, "mantendo-se unidos à rocha de Pedro, sob qual é constituída a Igreja".

Igreja celebra hoje Jornada de oração pela Igreja na China

Igreja celebra hoje Jornada de oração pela Igreja na China
Rádio Vaticano
Por iniciativa de Bento XVI, a Igreja Católica celebra hoje, 24 de maio, uma
Jornada de Oração pela Igreja na China. A iniciativa foi anunciada em 2007, na Carta do Papa aos Bispos, presbíteros, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos da Igreja Católica na República Popular da China.
"O dia 24 de maio, dedicado à memória litúrgica da Bem-aventurada Virgem Maria, Auxílio dos Cristãos, que é venerada com tanta devoção no santuário mariano de Shesham em Shanghai, poderia tornar-se no futuro ocasião para os católicos de todo o mundo se unirem em oração com a Igreja que está na China", escreveu então o Papa.Aos católicos da China, em particular, pede que a data seja celebrada "renovando a vossa comunhão de fé em Jesus Nosso Senhor e de fidelidade ao Papa, rezando a fim de que a unidade entre vós seja cada vez mais profunda e visível".Desde que foi eleito Papa em 19 de abril de 2005, Bento XVI tem expressado a sua esperança no reatamento das relações entre o Vaticano e a China, interrompidas desde a a subida ao poder de Mao Tsé-Tung.Bento XVI compôs uma oração para esta Jornada de Oração pela China. Na oração pede-se que a Igreja neste país seja "fermento de harmoniosa convivência entre todos os cidadãos"."Nossa Senhora de Sheshan, sustentai o empenho de quantos na China continuam, no meio das canseiras diárias, a crer, a esperar, a amar, para que nunca temam falar de Jesus ao mundo e do mundo a Jesus", reza o Papa.A oração faz uma referência explícita à atual divisão dos católicos chineses entre Igreja "oficial", a Associação Patriótica Católica controlada por Pequim, e a Igreja "clandestina", que continua ligada ao Papa e ao Vaticano."Ajudai os católicos a serem sempre testemunhas credíveis deste amor, mantendo-se unidos à rocha de Pedro sobre a qual está construída a Igreja", pede o texto de Bento XVI.

Canção Nova sedia evento palotino

Canção Nova sedia evento palotino
Da Redação
A sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), sedia neste final semana o 3º Encontro Nacional da União do Apostolado Católico (UAC). Participam cerca de 500 pessoas de diversos estados. Entre os presentes, estão os palotinos (como são popularmente conhecidos, os membros do movimento), Padre Silvio Andrei, Padre João Pedro e o bispo diocesano de Bragança Paulista, Dom José Maria.Para o organizador do encontro, Padre João Stavitzki, esta iniciativa contribui para a expansão e maior entrega e disponibilidade em favor da Igreja no mundo e no Brasil. "São Vicente Pallotti chamava de 'dom mais divino' o 'dom da colaboração'. Ao contrário do que o mundo prega, Pallotti popõe colaboração, contribuição, cooperação e comunicação para reavivar a fé e reacender caridade", explicou o sacerdote, destacando a vivacidade da espiritualidade palotina nos dias de hoje.O evento iniciou na manhã deste sábado, 24, e prosseguiu com momentos de oração, louvor e palestras. Nas palestras de hoje foram abordados temas como "Significado e profetismo" e "Realidade e atualidade - Brasil e Mundo". Ao fim da tarde, acontece uma Missa presidida pelo Bispo Emérito de Umuarama (PR), Dom José Maria Maimone. A noite, o sacerdote palotino, Padre Renato Vieira, que tem CD produzido pela gravadora Canção Nova, fará um show. "Esperamos neste encontro, juntos, rever nossos caminhos, objetivos e a maneira de melhor servir o povo de Deus" destacou Padre Renato. Também se apresentarão outros nomes conhecidos no Apostolado Católico como Padre José Batisti, Irmã Helena e Grupo Pater Noster."Os palotinos e palotinas são homens e mulheres consagrados e leigos engajados que vivem o carisma de São Vicente Pallotti. Temos bispos, padres, irmãs, leigos, jovens, solteiros, casados de diversos estados unidos em prol da evangelização. Objetivamos, ainda, formar leigos para se unir com a Igreja em prol do apostolado", afirmou Padre Silvio Andrei. Amanhã o encontro segue com momentos de oração na Ermida de Nossa Senhora de Schoenstatt, na Canção Nova, e de reflexões sobre o tema "Cenáculo" e "170 anos da fundação da congregação e 75 anos da presença das Irmãs Palotinas no Brasil". O evento termina com momento de Ação de Graças na Basílica de Nossa Senhora, em Aparecida (SP).A Congregação do Apostolado Católico celebra neste ano 170 anos de fundação e 75 anos de presença no Brasil. A escolha das atividades da UAC é determinada pela necessidade da Igreja e da sociedade local. O movimento busca viver o apostolado confiado a São Vicente Pallotti.

Somente a partir de Deus a esperança se torna confiável, diz Papa

Somente a partir de Deus a esperança se torna confiável, diz Papa
Rádio Vaticano
O Papa Bento XVI recebeu hoje, 24, no Vaticano, membros do governo macedônio e representantes das Igrejas ortodoxa e católica. O Pontífice enalteceu o caminho de concórdia e serenidade que o país está percorrendo, ao seguir o exemplo dos santos Cirilo e Metódio, e falou sobre a esperança.Os dois santos difundiram as sementes da fé cristã e, com ela, valores e obras que serviram e ainda servem ao bem do homem e sua dignidade. Seu ensinamento, portanto, é ainda atual e fonte de inspiração para cristãos e responsáveis das nações."Os Santos Cirilo e Metódio são padroeiros da Europa, além de 'pontes' entre o Oriente e o Ocidente", recordou o papa, que continuou: "Seu luminoso testemunho espiritual indica uma verdade perene: que somente a partir de Deus a esperança se torna confiável e segura. Quem não conhece Deus, embora possa ter muitas esperanças, no fundo não tem esperança, pois lhe falta a grande esperança que sustenta toda a vida".Esta esperança se converte em realidade quando pessoas de boa vontade em todas as partes do mundo, como os irmãos Cirilo e Metódio, imitam o exemplo de Jesus, e fiéis a seu ensinamento, constroem bases para a convivência amigável entre os povos, no respeito dos direitos de cada um e na busca do bem-estar de todos.Na parte final de seu discurso, o papa agradeceu a visita, um sinal eloqüente dos vínculos de amizade que caracterizam as relações entre a Macedônia e a Santa Sé.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Homilia de Bento XVI na Solenidade de Corpus Christ

Homilia de Bento XVI na Solenidade de Corpus Christ
Tradução:Canção Nova
Queridos irmãos e irmãsApós o tempo forte do ano litúrgico, que centrado na Páscoa se estende por 3 meses – primeiro os 40 dias da Quaresma, depois os 50 dias do tempo pascal - a liturgia nos faz celebrar três festas que tem ao invés um caráter "sintético": A Santíssima Trindade, Corpus Christ e o Sagrado Coração de Jesus. Qual é o significado próprio da Solenidade que celebramos hoje, o corpo e Sangue de Cristo?É a própria celebração quem nos fala, no desenvolvimento de seus gestos fundamentais: antes de tudo estamos reunidos ao redor do Altar do Senhor, para estarmos juntos em sua presença: em segundo lugar, haverá uma procissão, ou seja, o caminhar com o Senhor: e por fim o ajoelhar-se diante do Senhor, a adoração que tem início já na Missa e acompanha toda a procissão, mas que culmina no momento final quando todos nos prostraremos diante Daquele que se dobrou até nós e deu sua vida por nós. Vamos nos deter brevemente sobre estes três comportamentos, para que sejam realmente expressão da nossa fé e da nossa vida.O primeiro ato, portanto, é o de reunir-se diante da presença do Senhor. É o que antigamente se dava o nome de "Statio". Imaginemos por um momento que em toda Roma não exista outro altar senão este, e que todos os cristãos da cidade tenham sido convidados a reunirem-se aqui para celebrar o Salvador morto e ressuscitado. Isso nos dá uma idéia de como era nas origens, em Roma e em tantas outras cidades onde chegava a mensagem evangélica, a celebração Eucaristica: em cada Igreja particular havia um só Bispo e ao redor dele, ao redor da Eucaristia por ele celebrada, se constituia a Comunidade, única, porque único era o Cálice abençoado e único o pão partido, assim como ouvimos das palavras de Paulo na segunda leitura (Cor. 10,16-17). Me vem a mente uma outra expressão paulina: "Não existe mais judeu, nem grego: nem escravo ou livre: não existe homem ou mulher, porque todos somos únicos em Cristo Jesus" (Gal 3,28).Todos vocês não são somente uma coisa, vocês são um! Com estas palavras se sente a verdade e a força da revolução cristã, a revolução mais profunda da história humana, que se experimenta ao redor da Eucaristia: aqui se reúnem pessoas de diversas idades, sexo, condição social, idéias políticas. A Eucaristia não pode jamais ser um fato privado, reservado a pessoas que se escolheram por afinidades ou amizade. A eucaristia é um culto público, que não possui nada de esotérico, nada de exclusivo.Também aqui nesta noite, nós não escolhemos com quem nos encontrarmos, apenas viemos e estamos uns do lado dos outros, tendo em comum a fé e o chamado a sermos um só corpo dividindo um único Pão, que é Cristo. Estamos unidos, apesar de nossas diferenças de nacionalidade, profissão, grau social, idéias políticas: nos abrimos uns aos outros para nos tornarmos um só a partir Dele!Esta desde os inícios tem sido uma característica do cristianismo realizada visivelmente ao redor da Eucaristia. É necessário sempre vigiar para que as tentações de particularismo, mesmo que de boa fé, não caminhe em sentido contrário. Portanto, o Corpus Christ nos recorda antes de tudo que ser cristãos, quer dizer: reunir-se de todas as partes para estar na presença do único Senhor e se tornar único com Ele e Nele. O segundo aspecto constitutivo é caminhar com o Senhor. É a realidade manifestada pela procissão, que viveremos juntos depois da Santa Missa, quase como um seu natural prolongamento, movendo-nos atrás d'Aquele que é a Via, o Caminho. Com o dom de Si mesmo na Eucaristia, o Senhor Jesus nos liberta de nossas "paralisias", nos faz "continuar", nos faz dar um passo a mais, e depois outro, e assim nos coloca em caminho, com a força deste Pão da Vida. Como acontece com o profeta Elias, que se refugiou no deserto por medo de seus inimigos, e havia decidido deixar-se morrer (cfr I Re 19,1-4). Mas Deus o despertou do sono e o fez encontrar ali ao lado pão sem fermento: "Levanta e come – lhe disse – porque para ti o caminho é longo demais" (I Re 19, 5.7). A procissão do Corpo do Senhor nos ensina que a Eucaristia nos quer libertar de todo abatimento e deconforto, nos quer levantar, para que possamos retomar o caminho com a força que Deus nos dá mediante Jesus Cristo. É a experiência do povo de Israel no êxodo do Egito, a longa peregrinação através do deserto, do que falou a primeira Leitura. Uma experiência que para Israel é constitutiva, mas se tornou exemplar para toda a humanidade. De fato, a expressão "o homem não vive somente de pão, mas de toda palavra que sai da boca do Senhor" (Dt 8,3) é uma afirmação universal, que se refere a cada homem enquanto homem. Cada um pode encontrar o próprio caminho, se encontra Aquele que é. Palavra e Pão de vida e se deixa guiar pela sua amigável presença. Sem o Deus-conosco, o Deus próximo, como podemos sustentar a peregrinação da existência, seja pessoalmente ou como sociedade e família dos povos?A Eucaristia é o Sacramento do Deus que não nos deixa sozinhos no caminho, mas se coloca ao nossa lado e nos indica a direção. De fato, não basta caminhar, é preciso saber para onde se vai! Não basta o "progresso", se não não há critérios de referência. Antes, se se corre pela estrada afora, arrisca terminar em um precipício, ou em todo caso se distanciar-se da meta. Deus nos criou livres, mas nos deixou sozinhos: Ele mesmo se fez "caminho" e veio caminhar junto conosco, para a nossa liberdade tenha também o critério para discernir a estrada certa e percorrê-la.E sobre este ponto não se pode não pensar ao início do "decálogo", os dez mandamentos, onde escrito: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair do país do Egito, da condição de escravidão: não terás outros deuses fora de mim" (Es 20,2-3). Encontramos aqui o sentido do terceiro elemento constitutivo do Corpo do Senhor: ajoelhar-se em adoração diante do Senhor.Adorar o Deus de Jesus Cristo, feito pão partido por amor, é o remédio mais válido e radical contra as idolatrias de ontem e de hoje. Ajoelhar-se diante da Eucaristia é profissão de liberdade: que se inclina para Jesus não pode e não deve prostrar-se diante de nenhum poder terreno, por mais forte que seja. Nós cristãos nos ajoelhamos somente diante de Deus, diante do Santíssimo Sacramento, porque nele sabemos e cremos estar presente o único e verdadeiro Deus, que criou o mundo e o amou tanto que deu seu Filho unigênito (cfr Gv 3,16). Nos prostramos diante de um Deus que por primeiro se inclinou perante o homem, como Bom Samaritano, para socorrê-lo e dar-lhe novamente a vida, e se ajoelhou diante de nós para lavar os nossos pés sujos. Adorar o Corpo de Cristo quer dizer crer que ali, naquele pedaço de pão, está realmente Cristo, que dá verdadeiro sentido à vida, seja ao imenso universo como à menor das criaturas, à toda história humana como à mais breve existência. A adoração é oração que prolonga a celebração e a comunhão eucarística cuja alma continua a nutrir-se: se nutre de amor, verdade, paz; se nutre de esperança. Porque Aquele ao qual nos prostramos não nos julga, não nos expulsa, mas nos liberta e nos transforma. Por isso reunir-nos, caminhar, adorar nos enche de alegria. Fazendo nossa a atitude adorante de Maria, que neste mês de maio recordamos de maneira especial, peçamos por nós e por todos; peçamos por todas as pesoas que vivem nesta cidade, para que possam conhecer a Ti, oh Pai, e Aquele que Tu mandaste, Jesus Cristo. E assim ter a vida em abundância.

Amém.

Pela Eucaristia, Jesus liberta-nos das paralisias, afirma Papa

Pela Eucaristia, Jesus liberta-nos das paralisias, afirma Papa

Paula Dizaró / Roma
Bento XVI presidiu a Celebração de Corpus Christ na Basílica de São João de Latrão
Depois de alguns dias de chuva em Roma, finalmente o céu aberto, no dia em que a Igreja celebra a Solenidade de Corpus Christ. A tradicional celebração reúne todos os anos milhares de fiéis na Basilica de São João de Latrão, principalmente da Diocese de Roma. A liturgia, minuciosamente preparada, foi animada pelo coral diocesano e dirigido pelo Monsenhor Marco Frisina.

.: Homilia de Bento XVI na Solenidade de Corpus Christ .
: Veja outras fotos da CelebraçãoEm sua homilia, Bento XVI explicou o significado da Solenidade: "Depois do tempo forte do ano litúrgico, primeiro os quarentas dias da Quaresma, depois os cinquenta dias do Tempo Pascal, a liturgia nos faz celebrar três festas que tem um caráter significativo: A Santissima Trindade, Corpus Christ e por fim o Sagrado Coração de Jesus". "Qual o significado próprio da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo? Esta celebração mesma nos fala, no desenvolvimento dos seus gestos fundamentais: antes de tudo estamos reunidos em torno do altar do Senhor, para estar junto a sua presença; em segundo lugar a procissão, isto é caminhar com o Senhor, com o dom de si mesmo na Eucaristia, o Senhor Jesus liberta-nos das nossas paralisias, faz-nos proceder, dar passos em frente, com a força deste Pão da vida e, enfim o ajoelhar-se diante do Senhor, a adoração, que inicia já com a Santa Missa e acompanha toda a procissão, mas tem seu culme no momento final da benção eucarística quando todos se prostam diante Dele que se inclinou a nós e nos deu a vida", explicou o Pontífice. Continuou o Papa: "a procissão de Corpus Christi nos ensina que a Eucaristia nos quer libertar de cada abatimento e desconforto, quer nos levantar, para que possamos retormar o caminho com a força que Deus nos dá mediante Jesus Cristo. É a experiência do povo de Israel no êxodo do Egito, a longa peregrinação no deserto. Uma experiência que Israel viveu, e que resulta em um exemplo para toda a humanidade".A celebração concluiu com a Procissão Eucarística, por volta das 20h (local), até a Basílica de Santa Maria Maior, onde um grande número de fiéis aguardava, desde as 18h, a chegada da procissão. Também haviam bandeiras nas cores do Vaticano e da Italia expostas nas janelas dos prédios em volta da Basilica. Os fiéis percorreram a Rua Merulana, fazendo orações, cantando e meditando os Salmos. O Santo Padre, ajoelhado diante do Santíssimo seguia silenciosamente em adoração, e ali do altar da Basílica Santa Maria Maior deu a Benção Solene.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Papa recebe comitê executivo da Conferência Episcopal Espanhola

Papa recebe comitê executivo da Conferência Episcopal Espanhola
Ecclesia
Bento XVI recebeu em audiência no Vaticano o comitê executivo da Conferência Episcopal Espanhola (CEE). Segundo a tradição, foi apresentada ao Papa a nova presidência do organismo.No encontro, segundo explica a Sala de Informação da CEE, "os bispos espanhóis mostraram ao Santo Padre os seus sentimentos de obediência, comunhão, proximidade e afeto por sua pessoa, e presentearam-no com um óleo de São Bento, pintado pela Irmã Isabel Guerra; uma edição dos documentos da Comissão para a Doutrina da Fé (1966-2007), editada pela BAC; e a tradução alemã das obras completas do Beato Rafael Arnáiz Baron".

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Papa pede que jovens estejam fora da moda, que passa rapidamente

Papa pede que jovens estejam fora da moda, que passa rapidamente
Da Redação, com Rádio Vaticano


Bento XVI na Praça da Vitória, em Gênova
O Papa Bento XVI, que neste final de semana realizou visitas pastorais em Dioceses italianas, na manhã deste domingo, 18, deixou o Santuário de Nossa Senhora da Guarda, nas proximidades de Gênova, e se dirigiu ao Hospital Pediátrico Giannina Gaslini, onde cerca de três mil pessoas o aguardavam. O Papa esteve, ainda, na praça Matteoli, de onde se dirigiu a cerca de 5 mil jovens. Em sua mensagem, pediu que sejam 'fora de moda': "As modas passam rapidamente, são uma corrida frenética. A juventude da bondade, ao contrário, fica para sempre. Posteriormente, recitou o Ângelus e concluiu sua viagem pastoral presidindo uma Missa na Praça da Vitória.Mensagem às crianças doentes e às suas famílias O Santo Padre percorreu os arredores do Instituto com o papamóvel, a fim de que todos pudessem vê-lo. No pátio interno do Hospital, fez um discurso aos funcionários, às autoridades civis e a alguns pacientes."Pensando nas crianças doentes, Bento XVI recordou que Jesus, com palavras duras, alertou contra o desprezo e o escândalo em relação a elas, apontando-as como "modelos a serem seguidos em sua fé espontânea e generosa, em sua inocência". O Papa dirigiu palavras de encorajamento às crianças internadas e às suas famílias: "Nos momentos de trepidação e esperança, recordem-se que Deus jamais os abandonará. Fiquem unidos a Ele e nunca perderão a serenidade, nem mesmo nos momentos mais tristes e sombrios". No final de seu discurso, Bento XVI declarou que esta visita ao Hospital Pediátrico ficará impressa em seu coração. Discurso aos jovensBento XVI se dirigiu então à praça Matteoli, no centro de Gênova, para um encontro com cerca de cinco mil jovens da Diocese, que o receberam com muito entusiasmo, mesmo com muita chuva. "A verdadeira juventude, não é uma questão de idade, de vigor físico, de forma física, de eficiência. Teoricamente, a juventude deve ser sinônimo de alegria, mas nem sempre é assim. Existem, infelizmente, muitos jovens que são velhos dentro, que se arrastam, mesmo quando possuem bens como a cultura, um emprego satisfatório, relações sociais e perspectivas", disse. "Sejam unidos, ajudem-se a viver e crescer na fé e na vida cristã, mas não se fechem; sejam humildes, mas não alienados; sejam simples, mas não ingênuos. Pensem, mas não sejam complicados; dialoguem com todos, mas continuem si mesmos", disse o Papa, exortando os jovens.Para Bento XVI, que tem 81 anos, "ser jovem significa descobrir coisas que não passam com o correr dos anos". E continuou: "Quando um jovem descobre os valores verdadeiros e nobres, não envelhece nunca, mesmo que o corpo siga as leis da natureza. Permanece jovem sempre no coração e irradia juventude, ou seja, bondade, porque a bondade prescinde do passar do tempo". "Podemos dizer que somente quem é bom e generoso é realmente jovem", dise. Assim, pediu a eles que sejam jovens 'fora de moda': "As modas passam rapidamente, são uma corrida frenética. A juventude da bondade, ao contrário, fica para sempre. Aliás, será perfeita e resplandecente no Céu, com Deus", recordou.ÂngelusNo final do encontro com os jovens, do palco montado no centro da praça, o papa rezou a oração do Ângelus em conexão com a Praça São Pedro e várias emissoras de rádio e canais televisivos. A oração mariana foi precedida, como sempre, de algumas palavras. Bento XVI foi muito aplaudido quando citou seu predecessor, João Paulo II, que, assim como ele, quis iniciar sua visita pastoral a Gênova com uma benção do Santuário de Nossa Senhora da Guarda. "O templo, no alto de uma colina, domina a cidade e vela por seus habitantes". Assim, o papa confiou a cidade a Maria, invocando a sua materna assistência aos pastores, às pessoas consagradas e aos leigos: anciãos, famílias e jovens. Em seguida, o Papa recordou a história da região da Ligúria, constelada por igrejas e santuários, entre mares e montes, e agradeceu a Deus pela fé robusta e tenaz das últimas gerações, que escreveram páginas memoráveis de civilização. "Gênova sempre foi uma terra aberta ao Mediterrâneo e a todo o mundo. Vários missionários partiram deste litoral em direção às Américas e a terras distantes." Papa pede pribição das bombas de fragmentaçãoAntes de conceder a benção apostólica, Bento XVI pediu a atenção dos jovens para uma questão importante: "Amanhã, terá início em Dublin, na Irlanda, a Conferência sobre as minas de fragmentação. Esta reunião foi convocada com o objetivo de elaborar uma Convenção para proibir esses explosivos. Espero que, com a responsabilidade de todos os participantes, se produza um instrumento internacional forte e crível: é preciso remediar os erros do passado e evitar que se repitam no futuro. Acompanho com minha oração as vítimas dessas armas e suas famílias, assim como aqueles que participam da Conferência, formulando meus votos de sucesso", disse o pontífice.Estarão ausentes na Conferência de Dublin Estados Unidos, China, Rússia, Índia, Paquistão e Israel, países que são contra a proibição dessas armas particularmente letais para os civis, recentemente utilizadas no Iraque. Encontro com os religiosos Da praça Matteoti, o Papa se dirigiu à Catedral de São Lourenço, para um breve encontro com a assembléia religiosa da Catedral e os membros da vida consagrada. Em seu discurso, Bento XVI encorajou os religiosos e as religiosas, pedindo-lhes que continuem presentes e levando adiante suas obras, não obstante a diminuição em número e em forças. Ao entrar na catedral, o Papa foi acolhido pelo bispo auxiliar de Gênova, Dom Luigi Ernesto Palletti, e pelos cônegos que prepararam para Bento XVI diversos presentes, como livros e decorações litúrgicas. Recebido com grande calor, o Santo Padre renovou seu alerta para o "desafio educativo", o dever mais urgente, já que, "sem uma autêntica educação, o homem não vai longe"."Devemos ajudar os pais em seu extraordinário e difícil dever educativo; devemos ajudar as paróquias e os grupos; continuar a disponibilizar, mesmo que com sacrifícios, escolas católicas, grande tesouro da comunidade cristã e verdadeiro recurso do país", exortou. Santa MissaDa Catedral, o Papa se dirigiu ao seminário diocesano, onde almoçou com os bispos da região da Ligúria e descansou antes de voltar à Praça da Vitória, para presidir, na parte da tarde, à Santa Missa, da qual participaram cerca de 100 mil fiéis. Em sua saudação, o anfitrião, Cardeal Angelo Bagnasco, disse que o povo genovês tem uma fé rica de caridade, feita de assistência e solidariedade aos pobres e aos mais necessitados. É um povo generoso, inclusive quando, como hoje, sofre com problemas ligados ao trabalho, à moradia e ao custo de vida. Mas não carece de dignidade e brio, reagindo sempre e ativando sinergias entre os recursos disponíveis. Nesse contexto, em sua homilia, o Papa afirmou que em nossa sociedade, dividida entre globalização e individualismo, a Igreja é chamada a oferecer o testemunho da "koinonia", da comunhão. Por isso, Bento XVI pediu a adultos e jovens que cultivem uma fé raciocinada, capaz de dialogar profundamente com todos, com os irmãos não-católicos, não-cristãos e ateus. "Prossigam com sua generosa compartilha com os pobres e mais frágeis, segundo a praxe originária da Igreja". A toda a cidade, aos genoveses e a todos os que vivem e trabalham nesta terra, o Papa pediu que olhem ao futuro com confiança, tentando construí-lo juntos, colocando o bem comum antes de nossos interesses pessoais, mesmo que legítimos. Aos jovens comprometidos no caminho vocacional, Bento XVI exortou a não terem medo de um itinerário formativo sério e exigente. E na conclusão da Missa, lançou um apelo a crescer na dimensão missionária: "De fato, a Trindade é ao mesmo tempo unidade e missão: quanto mais intenso é o amor, mais forte é o impulso a difundir-se, a dilatar-se, a comunicar-se".Logo após a cerimônia, por volta das 20h locais, o Papa voltou para o Vaticano.

domingo, 18 de maio de 2008

"Uma das novidades mais importantes suscitadas pelo Espírito"

"Uma das novidades mais importantes suscitadas pelo Espírito"
Da Redação, com Rádio Vaticano
Bento XVI pronunciou um discurso, aos cerca de 100 bispos, provenientes de 50 países, que, nestes dias, participaram de um Seminário internacional de Estudo sobre o tema: "Peço-lhes para ir ao encontro dos movimentos, com muito amor". Ele se referiu aos movimentos eclesiais e novas comunidades afirmando que tais expressões são uma das novidades mais importantes suscitadas pelo Espírito Santo na Igreja.O encontro foi promovido pelo Pontifício Conselho para os Leigos, em Rocca di Papa, perto de Roma, sob a presidência do Cardeal Stanislaw Rilko. Os trabalhos foram inaugurados com a celebração da Santa Missa, presidida pelo Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone.
.: Bispos brasileiros falam da participação no encontro sobre realidades eclesiaisAo cumprimentar os bispos presentes, com a cordial saudação de "comunhão e paz", o Santo Padre explicou o profundo significado das realidades eclesiais no seio da Igreja: "Os movimentos eclesiais e as novas comunidades são uma das novidades mais importantes suscitadas pelo Espírito Santo na Igreja na atuação do Concílio Vaticano II. Difundiram-se, sobretudo, nos anos sucessivos à realização conciliar, em um período cheio de promessas entusiastas, mas marcado também por difíceis provações".Paulo VI e JPII souberam acolher e discernir, encorajar e promover as novas realidades laicais, que davam vitalidade, fé e esperança a toda a Igreja. Desde então, disse o Papa, tais realidades davam testemunho da alegria, da consciência e da beleza de serem cristãos, demonstrando sua gratidão de pertencer ao mistério de comunhão eclesial:"Assistimos ao despertar de um vigoroso impulso missionário leigo, movido pelo desejo de comunicar a todos a preciosa experiência do encontro com Cristo, advertida e vivida como única resposta adequada à profunda sede de verdade e felicidade do coração humano".Esta novidade, no seio da Igreja, ainda espera ser adequadamente compreendida, à luz do desígnio de Deus e da missão da Igreja. Já foram superados muitos preconceitos, resistências e tensões, frisou Bento XVI. Porém, ainda deve ser resolvida a importante tarefa de promover uma comunhão mais madura de todos os componentes eclesiais, a fim de que todos os carismas, no respeito da sua especificidade, possam contribuir, plena e livremente, para a edificação do único Corpo de Cristo.Referindo-se ao tema central do Seminário, o Pontífice disse que "ir ao encontro dos movimentos e das novas comunidades, como muito amor, requer dos bispos locais um conhecimento apropriado da sua realidade, sem superficialidades e preconceitos"."Tais realidades eclesiais são um dom do Senhor e um recurso precioso, que enriquecem, com seus carismas, toda a comunidade cristã. Eis porque as Igrejas locais devem acolhê-las com compreensão e amor, prudência e paciência", concluiu o Papa.

sábado, 17 de maio de 2008

Deus é Misericórdia, Graça, Fidelidade - porque é Amor: Bento XVI na homilia celebrada em Savona, sábado à tarde

Deus é Misericórdia, Graça, Fidelidade - porque é Amor: Bento XVI na homilia celebrada em Savona, sábado à tarde
Bento XVI deslocou-se neste fim de semana à região italiana da Ligúria, em visita pastoral às dioceses de Savona e de Génova, na costa noroeste, não longe da fronteira francesa.Tendo partido neste sábado de tarde de avião até Génova, o Papa dedicou a primeira parte da sua visita à diocese de Savona, começando pelo santuário mariano de Nossa Senhora da Misericórdia, diocese e santuário ligados à memória do Papa Pio VII, a quem Napoleão Bonaparte impôs um período de exílio, precisamente nesta cidade lígure.Facto saliente deste primeiro dia da viagem foi a Missa dominical antecipada que Bento XVI celebrou numa Praça de Savona, com os textos da solenidade da Santíssima Trindade.Na homilia, o Pontífice começou por comentar a primeira Leitura do dia, o texto do Livro do Êxodo em que Deus se revela a Moisés como “Deus misericordioso e cheio de compaixão, lento para a ira e rico em misericórdia”. Palavras que (observou) “nos dizem a verdade sobre Deus” e “nos fazem ver com os olhos da mente o rosto do invisível, o nome do Inefável. Este nome è Misericórdia, Graça, Fidelidade”. Encontrando-se em Savona, Bento XVI observou que foi precisamente como Virgem da Misericórdia que Maria se manifestou, em 1536, a um pobre lavrador daquelas terras, dando depois origem ao santuário mariano dos arredores desta cidade. Ora – sublinhou o Papa – “Maria não falava de si, ela nunca fala de si, fala sempre de Deus, e fê-lo com este nome tão antigo e sempre novo: misericórdia, que é sinónimo de amor, de graça. Está aqui toda a essência do cristianismo porque é a essência do próprio Deus. Deus é Uno enquanto é totalmente e unicamente Amor. E precisamente porque é Amor, é abertura, acolhimento, diálogo. E na sua relação connosco, que somos pecadores, é misericórdia, compaixão, graça, perdão”. “Para quem se encontra em perigo, Deus é salvação” – como refere o texto do Evangelho deste domingo observou ainda Bento XVI: “Deus amou de tal maneira o mundo que entregou o Seu Filho Único, para que todo aquele que acredita n’Ele não se perca, mas tenha a vida eterna”. “Neste doar-se de Dues na Pessoa do Filho está em acção toda a Trindade: o Pai que põe à nossa disposição o que tem de mais caro; o Filho que, em sintonia com o Pai, se despoja da sua glória para se doar a nós; o Espírito Santo que sai do pacífico abraço divino para irrigar os desertos da humanidade. Para esta obra da sua misericórdia, Deus – dispondo-se a tomar a nossa carne – quis ter necessidade de um SIM humano, do SIM de uma mulher que se tornasse a Mãe do seu Verbo incarnado – Jesus, o Rosto humano da divina Misericórdia. Maria tornou-se assim, e tal permanece para sempre – a Mãe da Misericórdia.”Bento XVI observou ainda que esta sua “visita a Savona, no dia da Santíssima Trindade, é antes de mais uma peregrinação, mediante Maria, às nascentes da fé, da esperança e do amor”. Uma peregrinação que “é também (disse) memória e homenagem” ao seu predecessor Pio VII, cujas dramáticas vicissitudes se encontram indissoluvelmente ligadas a esta cidade e ao seu santuário mariano”. “À distância de dois séculos, venho renovar a expressão do reconhecimento da Santa Sé e de toda a Igreja pela fé, amor e coragem com que os habitantes desta terra apoiaram o Papa por ocasião da sua residência forçada, imposta por Napoleão Bonaparte, nesta cidade”. “Esta página obscura da história da Europa tornou-se, por obra do Espírito Santo, rica de graças e de ensinamentos, mesmo par aos nosso dias. Ensina-nos a coragem de enfrentar os desafios do mundo - materialismo, relativismo, laicismo – sem nunca ceder a compromissos, dispostos a pagar em pessoa, para permanecermos fiéis ao Senhor e à sua Igreja.O exemplo de serena firmeza do Papa Pio VII convida-nos a conservar inalterada no meio das provações a confiança em Deus, na certeza de que Ele, embora permitindo para a sua Igreja momentos difíceis, nunca a abandona. A história vivida pelo grande Pontífice na vossa terra convida-nos a confiar sempre na intercessão e na materna assistência de Maria Santíssima”.Após a celebração da Missa, Bento XVI deve deslocar-se ao Paço episcopal de Savona, para uma visita privada aos apartamentos onde Pio VII viveu os dois anos de residência fixa e vigiada, imposta por Napoleão. Pernoitará no santuário de Nossa Senhora della Guardia, numa colina dos arredores de Génova.O programa da sua visita à capital da Ligúria inclui, de manhã, a deslocação a um Hospital de Crianças, seguido de um encontro com os jovens, numa praça da cidade, seguido de uma visita à catedral de Génova, onde dirigirá a palavra aos respectivos cónegos e às pessoas consagradas. De tarde, antes do regresso a Roma, a celebração eucarística numa vasta esplanada da cidade.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

A família deve ser defendida com coragem, afirma Bento XVI

A família deve ser defendida com coragem, afirma Bento XVI
Da Redação, com Rádio Vaticano
"Não devemos esquecer que a família, também aquela migrante e itinerante, constitui a célula primordial da sociedade, e, portanto, não deve ser destruída, mas defendida com coragem e paciência", disse, nesta manhã, o Papa Bento XVI. Ele se dirigiu aos 75 participantes na Plenária do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes.A eles, recordou a mensagem que deixou ao povo norte-americano, em sua recente viagem aos EUA, na qual assinalou o grave problema da reunificação familiar.A família representa a comunidade, na qual, desde a infância, se forma na adoração e no amor a Deus, aprendendo o sentido dos valores humanos e morais e fazendo bom uso da liberdade na verdade. "Infelizmente, em não poucas situações se realiza com dificuldade, sobretudo para quem está envolvido no fenômeno da mobilidade humana", disse o Papa."Além do mais, na sua ação de acolhimento e de diálogo com os migrantes e itinerantes, a comunidade cristã deve ter, como constante ponto de referência, a pessoa de Cristo. Ele deixou aos seus discípulos a regra de ouro, para impostar a própria vida: o mandamento novo do amor", acrescentou.Este mesmo amor, que Ele viveu até a morte de cruz, continua sendo transmitido à Igreja, mediante o Evangelho e os Sacramentos, sobretudo, a Santa Eucaristia."Assim a Pastoral Familiar deve partir deste dado sacramental de fundamental importância. Quem participa da Eucaristia recebe um fortíssimo apoio para a própria família e o matrimônio, e é encorajado a viver a sua situação pessoal na perspectiva da fé, buscando na graça divina a força necessária.

Papa afirma valor da vocação das virgens consagradas

Papa afirma valor da vocação das virgens consagradas
Ecclesia
Bento XVI recebeu esta manhã no Vaticano um grupo de 500 consagradas da "Ordem das Virgens", uma expressão particular da vida religiosa com raízes "nos inícios da vida evangélica". Perante as consagradas, provenientes de 52 diferentes países, o Papa quis frisar o valor desta vocação, convidando-as a "crescer dia-a-dia na compreensão de um carisma tão luminoso e fecundo aos olhos da fé, quanto obscuro e inútil aos olhos do mundo"."Elas representam milhares de outras irmãs suas que vivem na simplicidade e na humildade a sua consagração total ao Esposo das virgens, a serviço da Igreja local", sublinhou, por seu lado, o Cardeal Franc Rodé, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de vida apostólica. "Um dom na Igreja e para a Igreja" foi o lema desta peregrinação.Bento XVI recordou que "a Ordem das Virgens constitui uma expressão particular de vida consagrada, que refloresceu na Igreja depois do Concílio Vaticano II, mas cujas raízes são antigas". De fato, radicam "nos inícios da vida evangélica quando, como novidade inaudita, o coração de algumas mulheres começou a abrir-se ao desejo da virgindade consagrada: ou seja ao desejo de dar a Deus todo o próprio ser". "O vosso carisma deve refletir a intensidade, mas também a frescura das origens. Funda-se num simples convite evangélico, 'Quem puder compreender, que compreenda', e no conselho paulino sobre a virgindade pelo Reino de Deus. E contudo nele ressoa todo o mistério cristão", disse o Papa.Bento XVI concluiu afirmando que "quando surgiu este carisma não se configurava com particulares modalidades de vida, mas foi-se depois institucionalizando, pouco a pouco, até chegar a uma verdadeira consagração pública e solene, conferido pelo Bispo mediante um sugestivo rito litúrgico que fazia da mulher consagrada a sponsa Christi, imagem da Igreja esposa".

"O Amor vê mais do que a razão", afirma Bento XVI

"O Amor vê mais do que a razão", afirma Bento XVI
Da Redação, com Rádio Vaticano
"O amor vê mais do que a razão, quando a luz da razão não nos dá mais acesso, o amor vê e torna possível a experiência de um caminho humilde e realista, dia após dia, através do qual tocamos realmente o coração de Deus". Bento XVI resumiu durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 14, com essas palavras o ensinamento de Dionísio Aeropagita, antigo autor cristão e Padre da Igreja, que tornou possível um diálogo entre o Evangelho e a Filosofia grega inspirada por Platão.Segundo o Pontífice, Dionísio é um exemplo a ser seguido no diálogo inter-religioso, pois a sua Teologia, pode oferecer luzes ao diálogo entre o "Evangelho e as religiões místicas da Ásia".
.: Íntegra da Catequese do Papa Bento XVI"Quando se entra na relação íntima com Cristo, explicou o Papa, desaparecem as polêmicas e é possível se aproximar, tomando a estrada da experiência humilde de dia após dia encontrar de novo a beleza da fé, o encontro com Deus em Cristo".Refletindo sobre os escritos de Dionísio, Bento XVI disse que para conhecer a Deus de modo completo, o "verdadeiro" teólogo recorre em primeiro lugar a tudo que a Bíblia diz sobre Ele. Como nenhuma classificação expressa plenamente o mistério de Deus, se chega a uma teologia chamada "negativa", que afirma muito mais aquilo que Deus não é. Os conceitos, continuou o Papa, são como imagens úteis para contemplar o que supera nosso entendimento e como sinais de um encontro pessoal com Deus, no qual a especulação dá lugar à contemplação e o conhecimento, à experiência.Este caminho de Dionísio é uma disposição interior que rejeita aprisionar Deus em simples idéias, adaptando os mistérios divinos ao pensamento humano. É uma atitude existencial que abrange toda a pessoa, pois a verdadeira teologia requer uma transformação do sujeito.Os escritos de Dionísio, disse ainda Bento XVI, se difundiram rapidamente no Oriente grego e entre os autores latinos da Idade Média. Seus esforços para inserir a verdadeira fé na cultura helenista de sua época são de grande atualidade nos nossos dias. Também hoje, é necessário entrar em diálogo com as novas culturas para assumir o que elas têm de valor, porém sem comprometer por isso a identidade cristã, baseada na Revelação. O Santo Padre dirigiu, durante o encontro, seu pensamento às populações de Sichuam e das províncias limítrofes na China, duramente atingidas pelo terremoto que causou graves perdas humanas, muitos desaparecidos e prejuízos incalculáveis. E fez um apelo:"Convido todos vocês a unirem-se a mim na fervorosa oração por todos aqueles que perderam a vida. Sou particularmente solidário às pessoas provadas por tão devastadora calamidade: imploremos a Deus o alivio do sofrimento para todos eles. Queira o Senhor conceder apoio àqueles que estão empenhados em responder às exigências imediatas de socorro."Antes de concluir o encontro com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Santo Padre dirigiu a sua saudação em várias línguas, entre as quais o português, e concedeu a todos a sua Benção Apostólica:"Amados Irmãos e Irmãs,Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, especialmente com um cordial abraço ao numeroso grupo de visitantes provindos do Brasil. Desejo a todos felicidades, paz e graça no Senhor! Faço votos de que a luz de Cristo ilumine sempre a vossa fé para que tenham uma vida digna, cristã e repleta de alegrias. Recebam a Bênção do Todo Poderoso que, de bom grado, estendo aos vossos familiares e amigos."

Bispos refletem sobre movimentos eclesiais e novas comunidades

Bispos refletem sobre movimentos eclesiais e novas comunidades
Zenit
Com o alento do Papa, o Conselho Pontifício para os Leigos convoca cem bispos dos cinco continentes para refletir sobre os movimentos eclesiais e as novas comunidades como dom do Espírito Santo para a Igreja de nosso tempo. Trata-se de um seminário de estudo para bispos, que acontecerá na localidade romana de Rocca di Papa entre 15 e 17 de maio. O encontro objetiva aprofundar o significado teológico-eclesial e pastoral do fenômeno dos movimentos eclesiais e das novas comunidades.Mais de 100 bispos de 50 países dos cinco continentes participarão desse seminário de estudo, junto a representantes de cerca de 20 comunidades eclesiais, tais como a Comunidade de Sant’Egidio, os Focolares, diferentes realidades da Renovação Carismática Católica, Shalom, Emmanuel, Comunhão e Libertação e a Comunidade João XXIII, exemplifica o dicastério à Zenit."O Conselho Pontifício para os Leigos deseja continuar com os pastores provenientes de cada parte do mundo a reflexão sobre os movimentos eclesiais e as novas comunidades como Dom do Espírito Santo para a Igreja de nosso tempo", explica em um comunicado."Peço-vos que saiais ao encontro dos movimentos com muito amor". Esta foi uma exortação de Bento XVI dirigida a prelados alemães em 18 de novembro de 2006 e que, neste seminário, guiará os trabalhos. "Na vigília de Pentecostes, há dois anos, os movimentos eclesiais e as novas comunidades foram protagonistas de um extraordinário encontro com o Santo Padre na Praça de São Pedro, no Vaticano", recorda o dicastério para os Leigos. Este congresso contou com a participação de mais de cem responsáveis de realidades eclesiais e tratou o tema: "A beleza de ser cristão e a alegria de comunicá-lo".O encontro inicia na quinta-feira, 15, com Celebração Eucarística presidida pelo Cardeal Tarcisio Bertone. A seguir, o Cardeal Stanislaw Rylko intervirá sobre "Os movimentos eclesiais e as novas comunidades nos ensinamentos de João Paulo II e Bento XVI".No sábado, após a Eucaristia presidida pelo Cardeal Rylko, os participantes se dirigirão ao Vaticano, onde Bento XVI os receberá em audiência.

Papa pede que cristãos se unam em oração pela China

Papa pede que cristãos se unam em oração pela China

Papa pede que cristãos se unam em oração pela China
Rádio Vaticano
O Santo Padre dirigiu, durante a
Catequese de hoje, seu pensamento às populações de Sichuam e das províncias limítrofes na China, duramente atingidas pelo terremoto que causou graves perdas humanas, muitos desaparecidos e prejuízos incalculáveis. E fez um apelo:"Convido todos vocês a unirem-se a mim na fervorosa oração por todos aqueles que perderam a vida. Sou particularmente solidário às pessoas provadas por tão devastadora calamidade: imploremos a Deus o alivio do sofrimento para todos eles. Queira o Senhor conceder apoio àqueles que estão empenhados em responder às exigências imediatas de socorro."

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A unidade no amor só é criada pelo Espírito Santo, diz Bento XVI

A unidade no amor só é criada pelo Espírito Santo, diz Bento XVI
Cristiane MonteiroDa Redação, Roma


Missa de Pentecostes na Basílica de São Pedro em Roma
Neste domingo em que a Igreja celebra a solenidade de Pentecostes, o Papa Bento XVI explicou na homilia da missa que presidiu nesta manhã na Basílica de São Pedro, que “Em Pentecostes, a Igreja foi constituída não por vontade humana, mas pela Força do Espírito de Deus. E logo se mostra como este Espírito deu vida à Comunidade, que é ao mesmo tempo, única e universal. Assim superou a condenação de Babel. Só o Espírito Santo, pode criar a unidade no amor e na recíproca aceitação das diversidades. Só o Espírito pode libertar a humanidade da constante tentação da busca do poder terreno que quer tudo dominar e massificar”.

"A Igreja Católica não è uma associação de Igrejas, mas uma única realidade: a prioridade ontológica pertence a Igreja Universal, disse o Papa, e continuou "Nesta Festa do Espírito e da Igreja, queremos render graças a Deus por haver doado ao seu povo, escolhido e formado no meio de todos os povos, o bem inestimável da paz, da Sua Paz". “A Igreja que nasce de Pentecostes não é uma comunidade particular, a Igreja de Jerusalém, mas é a Igreja Universal, que fala a língua de todos os povos. Desta experiência nasceram depois as outras comunidades em cada parte do mundo.
Continuou dizendo que "a Paz de Cristo só se expande nos corações renovados de homens e mulheres reconciliados, feitos servos da justiça, prontos a espalharem no mundo a paz com a única força da Verdade, sem deixar-se guiar pela mentalidade do mundo, porque o mundo não pode dar a Paz de Cristo”. Bento XVI quiz voltar ao conteúdo do seu discurso pronunciado na ONU, em sua Viagem Apostolica aos Estados Unidos, para confirmar que"a Paz é um Dom e só Deus pode dá-la". “A Igreja realiza o seu serviço, a Paz de Cristo, sobretudo na ordinária presença e ação no meio dos homens, com a pregação do Evangelho e com os sinais de amor e de misericórdia que a acompanha. Quanto importante e infelizmente não suficientemente compreendido o Dom da Reconciliação, que pacifica o coração, observou o Papa, recordando que a Igreja pode ser "fermento" de reconciliação somente quanto permanece dócil ao Espírito e dá testemunho do Evangelho. A Oração da Comunidade foi rezada por 6 pessoas de diferentes nações, entre elas um seminarista da Diocese de Palmas (TO), que recitou a oração em língua portuguesa, no qual pedia ao Senhor que enviasse o seu Espirito para que o empenho de tantos pais e educadores contribua para endireitar os caminhos confusos e rumos errados que de vários lados são hoje propostos às novas gerações.Depois da benção final, Bento XVI se dirigiu a janela do Palácio Apostólico para a Recitação do Regina Coeli.

Papa faz forte apelo de paz para o Líbano

Papa faz forte apelo de paz para o Líbano
Rádio Vaticano
Depois da recitação do Regina Coeli, neste Domingo de Pentecostes, Bento XVI lançou um forte apelo para reencontrar rapidamente a paz no Líbano. O Papa pediu a todas as partes libanesas que abandonem esta lógica de contraposição agressiva que está conduzindo o país a uma situação irreparável."Segui com profunda preocupação, nos dias passados, a situação no Líbano, onde, ao compasso de espera da iniciativa politica, seguiram, primeiro a violência verbal e depois os recontros armados, com numerosos mortos e feridos. Embora nas últimas horas a tensão se tenha alentado, considero hoje meu dever exortar os libaneses a abandonar toda a lógica de contraposição agressiva que levaria o seu país a uma situação irreparável"."O diálogo, a compreensão recíproca e a procura do compromisso razoável, afirmou o Papa, são o único caminho que pode restituir ao Líbano as suas instituições e á população a segurança necessária para uma vida cotidiana digna e rica de esperança no amanhã".E Bento XVI acrescentou: "Que o Líbano, por intercessão de Nossa Senhora do Líbano, saiba responder com coragem á sua vocação de ser, para o Oriente Médio e para o mundo inteiro, sinal da possibilidade real de pacífica e construtiva convivência entre os homens. As várias comunidades que o compõem, como recordava a Exortação pós-sinodal, 'Uma nova esperança para o Líbano', são ao mesmo tempo uma riqueza, uma originalidade e uma dificuldade. Mas fazer viver o Líbano é uma tarefa comum de todos os seus habitantes. Com Maria, Virgem em oração no dia de Pentecostes, peçamos ao Onipotente uma abundante efusão do Espírito Santo, o Espírito da unidade e da concórdia, que a todos inspire pensamentos de paz e de reconciliação."

sábado, 10 de maio de 2008

Dom Odilo recorda experiência que viveu com Bento XVI

Dom Odilo recorda experiência que viveu com Bento XVI
Da Redação
O Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, falou ao noticias.cancaonova.com por ocasião do primeiro ano da visita do Papa Bento XVI no Brasil, que ocorreu em 9 de maio de 2007. Dom Odilo, especialmente em São Paulo, acompanhou de perto o Santo Padre e pôde ver de perto suas impressões."O aspecto físico do Papa, em sua chegada, me surpreendeu. Ele, com 80 anos, desceu de forma rápida do avião, sem, nem mesmo, segurar no corrimão", disse. O Cardeal também se surpreendeu com o português bem pronunciado de Bento XVI embora, em suas conversas, tenham falado em italiano e alemão. Falando das conversas que teve com o santo Padre, Dom Odilo destacou sua simplicidade: "Nos momentos mais íntimos, como nas refeições, junto com os monges, foi possível perceber sua simplicidade e interesse por tudo. Ele fazia perguntas sobre a história, a geografia, a cultura, os costumes, a Igreja e a alimentação do Brasil".Sobre a estadia do Papa no Mosteiro São Bento, Dom Odilo afirmou que bento XVI se sentiu em casa: "Ele ama os ambientes beneditinos". "O Papa apreciou a cozinha e os sucos de fruta brasileiros. Antes de dormir, fazia momentos de exercícios físicos por, pelo menos, meia hora, caminhando nos corredores do claustro", acrescentou o Cardeal.Dom Odilo destacou a proximidade do Papa com o povo: "Ele foi muitas vezes à sacada, queria estar perto do povo para manifestar seu afeto. Destaco o momento que antecedeu sua ida à Catedral da Sé, quando não voltaria ao Mosteiro. Ele falou com o povo, como é de costume brasileiro: 'Fiquem com Deus'. E o povo respondeu: 'E o senhor também, vai com Deus'"."O Papa veio confirmar os cristãos na fé. Ele veio mostrar a cultura, a postura e a posição da Igreja. Ele veio nos dizer: 'É por aqui que nos aponta evangelho de Cristo'", concluiu.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Papa recebe patriarca da Armênia e destaca ecumenismo

Papa recebe patriarca da Armênia e destaca ecumenismo
Da Redação, com Rádio Vaticano
Bento XVI encontrou-se esta manhã, na Praça São Pedro, com os peregrinos e fiéis de diversas partes do mundo para a habitual Audiência Geral de quarta-feira. Esteve presente na audiência de hoje Sua Santidade Karekin II, Patriarca Supremo e Catholicos de todos os Armênios, acompanhado de uma delegação.O patriarca se sentou ao lado do Santo Padre durante a Audiência Geral. O pontífice agradeceu-lhe pelo "seu pessoal compromisso para crescente amizade entre a Igreja Apostólica Armênia e a Igreja Católica"."Rezo para que a luz do Espírito Santo possa iluminar a sua peregrinação aos túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo e os importantes encontros que manterá aqui em Roma, de modo particular, os nossos colóquios pessoais. Peço a todos aqueles que hoje estão aqui presentes que orem para que Deus abençoe esta visita", disse Bento XVI.O pontífice recordou ainda os encontros que o patriarca teve nos anos 2000 e 2001 com João Paulo II e a sua participação no funeral de seu predecessor. "Estou certo de que este espírito de amizade continuará a ser aprofundado durante estes dias", acrescentou.O Santo Padre acenou ainda às "duras perseguições sofridas pelos cristãos armênios, sobretudo no último século": "Os muitos mártires armênios são um sinal do poder do Espírito Santo atuando em tempos de escuridão e uma promessa de esperança para os cristãos de todos os lugares".A saudação de Bento XVI se concluiu com uma invocação a São Gregório "O Iluminador", cuja estátua se encontra num dos nichos externos da Basílica de São Pedro, "a fim de que possa nos ajudar a crescer na humildade, no santo vínculo da fé cristã, na esperança e no amor".Por sua vez, em sua saudação ao Santo Padre, Karekin II fez um apelo a fim de que "todas as nações condenem universalmente o genocídio dos armênios".Falando em inglês, o patriarca recordou que também hoje "os nossos irmãos e irmãs continuam a sofrer em muitas regiões do mundo, são mulheres, homens e crianças em perigo: esta não é a vontade de Deus, esperamos viver em paz como criaturas de Deus e usar os dons do Espírito Santo para construir a paz".A seguir, referindo-se ao dia de Pentecostes, que a Liturgia celebra no próximo domingo, o Papa disse: "A proximidade da solenidade de Pentecostes nos convida a confiar na ajuda do Espírito Santo para o progresso no caminho ecumênico".Jesus assegurou a seus discípulos que lhes enviaria o Espírito Santo, que os animaria sempre até aos mais recônditos confins da Terra. Isso se realizou, publicamente, no dia de Pentecostes.Assim, a Igreja vive continuamente em estado de Pentecostes. Eis o motivo pelo qual ela não desanima diante das dificuldades em sua missão e mantém vivo o anseio da plena unidade de todos os discípulos de Cristo.No final de sua catequese semanal, o pontífice cumprimentou os fiéis em diversas línguas. Em sua saudação em português, o Papa disse: "Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação de boas-vindas para todos vós neste mês de Maio, que tradicionalmente chama o povo cristão a multiplicar os seus gestos diários de veneração e imitação de Nossa Senhora. Mostrai-vos agradecidos, não regateando a Deus o tempo que Lhe deveis. Rezai o terço todos os dias! Deixai a Virgem Mãe possuir o vosso coração: confiai-lhe tudo o que sois, tudo o que tendes! E Deus será tudo em todos... Isto é o que mais desejo a todos os presentes - vindos de modo especial do Brasil, nomeadamente do Santuário Santa Teresinha do Menino Jesus em Botucatu - ao conceder-vos, extensiva aos familiares, a minha Bênção Apostólica".Antes de se despedir, Bento XVI fez um premente apelo pela população de Mianmar, tristemente atingida pelo ciclone Nargis, que provocou milhares de vítimas: "Compartilho do grito de dor e de socorro da querida população de Mianmar, que, improvisamente, foi testemunha da destruição de inúmeras vidas, além de bens e meios de subsistência. Convido todos, mais uma vez, a abrirem seus corações à piedade e à generosidade, para que, mediante uma mútua colaboração e socorro, possam aliviar os sofrimentos causados pela imane tragédia".

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Igreja reconhece aparição de Nossa Senhora de Laus

Igreja reconhece aparição de Nossa Senhora de Laus
Rádio Vaticano, com Redação
Neste sábado, 5, a Igreja francesa reconheceu oficialmente o caráter sobrenatural das aparições de Nossa Senhora a Benoite Rencurel, no Santuário de Laus, nos Alpes franceses. Para a ocasião, houve uma Celebração Eucarística, presidida pelo bispo da diocese de Gap e de Embrun, Dom Jean-Michel di Falco Leandri, que assinou o decreto de reconhecimento. Na celebração estavam presentes sete cardeais, 17 bispos e três abades. Estava presente, ainda, o presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán, o secretário-geral do Governatora do Estado da Cidade do Vaticano, Dom Renato Boccardo, e o núncio apostólico na França, Dom Fortunato Baldelli. O Santuário de Laus foi edificado no lugar em que a Virgem Maria apareceu a uma pastora de 17 anos, Benoite Rencurel, de 1664 a 1718, em uma aldeia isolada na beira da montanha, a 900 metros de altitude. Durante quatro meses, a cada dia, Benoite recebeu a visita de Nossa Senhora durante o pastoreio do rebanho e pediu que fosse construída uma igreja e uma casa para sacerdotes, para atrair os cristãos desejosos de viver um caminho de conversão, especialmente por meio do Sacramento da Confissão. Desde as origens das peregrinações, as curas físicas e morais foram reconhecidas em grande número, especialmente através da unção com o óleo da lâmpada do Santuário.

Bento XVI recebe líder da Igreja Anglicana

Bento XVI recebe líder da Igreja Anglicana
Ecclesia
Bento XVI recebeu nesta manhã o Primaz da Igreja Anglicana, o Arcebispo inglês Rowan Williams. A audiência, de carácter privado, foi noticiada pela sala de imprensa da Santa Sé.Segundo o comunicado da Santa Sé, apesar da divergência entre o Papa e o Arcebispo da Cantuária sobre vários temas e da crise gerada pela divisão interna dos próprios anglicanos em volta da ordenação de ministros homossexuais, os dois têm, reconhecidamente, boas relações pessoais.Antes disso, os líderes religiosos se já haviam se encontrado no Congresso Inter-religioso que a Comunidade de Santo Egídio promoveu em Nápoles, em outubro do último ano.Rowan Williams está em Roma para o sétimo seminário islâmico-cristão "Building Bridges" (construindo pontes), que acontece até 8 de maio.Em declarações à Rádio Vaticano, o Primaz anglicano admite que "apesar do período de dificuldades sem precedentes" vivido no interior desta Igreja, há já "fundamentos de mútua confiança" na relação entre católicos e anglicanos.

Bento XVI reza a oração do Regina Coeli na festa da Ascensão

Bento XVI reza a oração do Regina Coeli na festa da Ascensão
Rádio Vaticano
Ao meio dia, depois da celebração da Santa Missa presidida pelo presidente da conferência episcopal italiana, Bento XVI recitou a antifona mariana do tempo pascal, Regina Coeli, com os mais de cem mil fiéis presentes na praça São Pedro, muitos deles da
Ação Católica Italiana.Neste domingo em que se celebra a festa litúrgica da Ascensão, o Papa recordou, “Nos seus discursos de adeus aos discípulos, Jesus insistiu muito na importância do seu regresso ao Pai, coroação da sua missão: de fato Ele veio ao mundo para reconduzir o homem a Deus, não no plano ideal, como um filosofo ou um mestre de sabedoria, mas realmente, como pastor que deseja reconduzir as ovelhas ao redil.Segundo Bento XVI, este êxodo em direção á pátria celeste, que Jesus viveu em primeira pessoa, enfrentou-o totalmente por nós. Foi por nós que desceu do Céu e foi por nós que subiu ao Céu depois de se ter feito homem, humilhado até a morte de cruz, e depois de ter tocado o abismo do máximo afastamento de Deus. Tudo isto, concluiu o Papa, representa uma verdade não teórica, mas real. Por isso, a esperança cristã, fundada em Cristo, não é uma ilusão.Depois da recitação do Regina Coeli o Papa foi saudado pelo Presidente da Ação Católica Italiana, proferindo em seguida um discurso no qual pediu aos membros desta associação eclesial para serem cidadãos dignos do Evangelho e ministros da sapiência cristã para um mundo mais humano. Este, salientou, é o empenho que hoje assumis diante da Igreja italiana aqui representada por vós, pelos vossos presbíteros assistentes, pelos bispos e pelo seu presidente.“Numa Igreja missionária, colocada perante uma emergência educativa como aquela que se verifica na Itália, vós que a amais saibais ser anunciadores incansáveis e educadores preparados e generosos; numa igreja chamada a provas também muito exigentes de fidelidade e tentada pela adaptação, sede testemunhas corajosas e profetas de radicalidade evangélica; numa igreja que diariamente se confronta com a mentalidade relativista, edonista e consumista, saibais alargar os espaços da racionalidade no sinal de uma fé amiga da inteligência , tanto no âmbito de uma cultura popular e difusa como naquele de uma pesquisa mais elaborada e refletida; numa Igreja que chama ao heroísmo da santidade, respondei sem temor, sempre confiando na misericórdia de Deus”.Referindo-se aos estofos colocados na colonata de Bernini, que recordavam as numerosas beatificações e canonizações de membros da Ação Católica, de Piergiorgio Frassati a Alberto Marvelli, o Santo Padre concluiu: “ no caminho que tendes diante de vós não estais sozinhos, acompanham-vos os vossos santos, exemplos de cristianismo vivido, vós empreendestes um ano extraordinário, um ano que poderíamos qualificar da santidade, no qual vos empenhais a traduzir na vida concreta os ensinamentos do Evangelho. Intensificai a oração, remodelai a vossa conduta segundo os valores eternos do Evangelho, deixando-vos guiar pela Virgem Maria, Mãe da Igreja. O Papa acompanha-vos com uma recordação constante ao Senhor.

Papa recita o rosário e fala sobre o sentido desta oração

Papa recita o rosário e fala sobre o sentido desta oração
Rádio Vaticano
Bento XVI presidiu ontem a tarde, à recitação do Rosário, na Basílica romana de Santa Maria Maior, marcando assim a celebração do “Mês de Maria” no primeiro Sábado de maio.No final, o Papa dirigiu a sua palavra aos fiéis para lhes confiar as intenções mais urgentes do seu ministério, as necessidade da Igreja, os grandes problemas da humanidade: a paz no mundo, a unidade dos cristãos, o diálogo entre todas as culturas. E pensando em Roma e na Itália Bento XVI convidou a rezar pelos objetivos pastorais da Diocese e pelo desenvolvimento solidário do país.O Papa destacou que quando se recita o terço do Rosário revivem-se os momentos importantes e significativos da história da salvação; percorrem-se as várias etapas da missão de Cristo. Com Maria orienta-se o coração para o mistério de Jesus. Coloca-se Cristo no centro da nossa vida, do nosso tempo, das nossas cidades, mediante a contemplação e a meditação dos seus santos mistérios de alegria, de luz, de dor e de gloria. Que Maria nos ajude a acolher em nós a graça que brota destes mistérios, para que através de nós, possa irrigar a sociedade a partir das relações quotidianas, e purificá-la de tantas forças negativas abrindo-a á novidade de Deus, foram os votos de Bento XVI.

domingo, 4 de maio de 2008

Bento XVI reza a oração do Regina Coeli na festa da Ascenção

Bento XVI reza a oração do Regina Coeli na festa da Ascenção
Rádio Vaticano
Ao meio dia, depois da celebração da Santa Missa presidida pelo presidente da conferência episcopal italiana, Bento XVI recitou a antifona mariana do tempo pascal, Regina Coeli, com os mais de cem mil fiéis presentes na praça São Pedro, muitos deles da
Ação Católica Italiana.Neste domingo em que se celebra a festa litúrgica da Ascensão, o Papa recordou, “Nos seus discursos de adeus aos discípulos, Jesus insistiu muito na importância do seu regresso ao Pai, coroação da sua missão: de fato Ele veio ao mundo para reconduzir o homem a Deus, não no plano ideal, como um filosofo ou um mestre de sabedoria, mas realmente, como pastor que deseja reconduzir as ovelhas ao redil.Segundo Bento XVI, este êxodo em direção á pátria celeste, que Jesus viveu em primeira pessoa, enfrentou-o totalmente por nós. Foi por nós que desceu do Céu e foi por nós que subiu ao Céu depois de se ter feito homem, humilhado até a morte de cruz, e depois de ter tocado o abismo do máximo afastamento de Deus. Tudo isto, concluiu o Papa, representa uma verdade não teórica, mas real. Por isso, a esperança cristã, fundada em Cristo, não é uma ilusão.Depois da recitação do Regina Coeli o Papa foi saudado pelo Presidente da Ação Católica Italiana, proferindo em seguida um discurso no qual pediu aos membros desta associação eclesial para serem cidadãos dignos do Evangelho e ministros da sapiência cristã para um mundo mais humano. Este, salientou, é o empenho que hoje assumis diante da Igreja italiana aqui representada por vós, pelos vossos presbíteros assistentes, pelos bispos e pelo seu presidente.“Numa Igreja missionária, colocada perante uma emergência educativa como aquela que se verifica na Itália, vós que a amais saibais ser anunciadores incansáveis e educadores preparados e generosos; numa igreja chamada a provas também muito exigentes de fidelidade e tentada pela adaptação, sede testemunhas corajosas e profetas de radicalidade evangélica; numa igreja que diariamente se confronta com a mentalidade relativista, edonista e consumista, saibais alargar os espaços da racionalidade no sinal de uma fé amiga da inteligência , tanto no âmbito de uma cultura popular e difusa como naquele de uma pesquisa mais elaborada e refletida; numa Igreja que chama ao heroísmo da santidade, respondei sem temor, sempre confiando na misericórdia de Deus”.Referindo-se aos estofos colocados na colonata de Bernini, que recordavam as numerosas beatificações e canonizações de membros da Ação Católica, de Piergiorgio Frassati a Alberto Marvelli, o Santo Padre concluiu: “ no caminho que tendes diante de vós não estais sozinhos, acompanham-vos os vossos santos, exemplos de cristianismo vivido, vós empreendestes um ano extraordinário, um ano que poderíamos qualificar da santidade, no qual vos empenhais a traduzir na vida concreta os ensinamentos do Evangelho. Intensificai a oração, remodelai a vossa conduta segundo os valores eternos do Evangelho, deixando-vos guiar pela Virgem Maria, Mãe da Igreja. O Papa acompanha-vos com uma recordação constante ao Senhor.

sábado, 3 de maio de 2008

Papa recorda mudança no país, depois da visita de JPII

Papa recorda mudança no país, depois da visita de JPII
Rádio Vaticano
Bento XVI recebeu, esta manhã, no Vaticano, os Bispos de Cuba, na conclusão da sua visita “ad limina apostolorum”. A eles expressou sua proximidade espiritual, concretizada mediante a mensagem que o Cardeal Secretário de Estado, Tarcísio Bertone, levou, pessoalmente, quando de sua última visita ao país.O Pontífice disse conhecer bem a realidade e a vitalidade da Igreja em Cuba. A vida eclesial local passou por uma profunda mudança, sobretudo depois da visita de JPII ao país, há vinte anos. Por isso, o Papa encorajou os Bispos a continuarem no seu esforço generoso e audaz de evangelização.Para o bom êxito da obra evangelizadora, o Santo Padre disse que é preciso um maior incremento das vocações sacerdotais e religiosas, a promoção de um laicato engajado, ciente da sua missão e vocação na Igreja.
Os fiéis leigos, acrescentou o Papa, fortalecidos por uma intensa vida espiritual e preparação religiosa, poderão oferecer um testemunho convincente da sua fé, em todos os âmbitos da vida social. Aqui, Bento XVI manifestou seu desejo de que a Igreja local possa ter acesso normal aos meios de comunicação social.Por outro lado, o Bispo de Roma pediu maior atenção pastoral aos matrimônios e famílias, ameaçados pela chaga do divórcio, pelo aborto, pelas dificuldades econômicas e pela emigração.Depois, Bento XVI expressou seu apreço pela generosidade da Igreja em Cuba, sobretudo pela sua dedicação aos mais pobres e desfavorecidos, aos enfermos, idosos e presos: um serviço altamente reconhecido por todo o povo cubano.Enfim, o Santo Padre agradeceu aos Bispos de Cuba pelo trabalho que realizam em prol do pequeno rebanho, esperando que se fortaleça e produza frutos abundantes de vida cristã.Bento XVI concluiu seu discurso aos Bispos da Conferência Episcopal de Cuba manifestando o desejo de que a próxima beatificação do Servo de Deus, José Ollalo Valdés, possa dar novo impulso ao serviço da Igreja e ao povo cubano, como fermento de reconciliação, justiça e paz.

Bem comum é tema de estudo no Vaticano

Bem comum é tema de estudo no Vaticano
Ecclesia
A Academia Pontifícia das Ciências Sociais (ACPS) promove de hoje, 2 a 6 de maio a sua XIV sessão plenária, este ano dedicada ao tema do bem comum. Especialistas de todo o mundo procurarão “dar novo sentido e operatividade ao conceito de bem comum em época de globalização, que em certos aspectos está levando a crescentes desigualdades e injustiças sociais”.A iniciativa foi apresentada hoje, 2, na sala de imprensa da Santa Sé, durante um encontro com os jornalistas. A ACPS alerta para a possibilidade de em breve, se assistir à “destruição do bem comum em todo o globo”.Em comunicado, a sala de imprensa da Santa Sé indica que não apoia “a tese de que a globalização seja um processo meramente negativo”, defendendo que os elementos positivos devem ser “colocados em evidência, sistematizados e valorizados como oportunidades específicas que precisam de ser apoiadas”.Segundo o comunicado da APCS, “a hipótese central com que os estudiosos são chamados a confrontar-se é que os princípios de solidariedade e subsidiariedade podem, ao contrário dos compromissos entre socialismo e liberalismo, mobilizar novas forças sociais, económicas e culturais da sociedade civil”.O programa tem como pano de fundo os quatro princípios fundamentais da Doutrina Social da Igreja: dignidade da pessoa humana, bem comum, solidariedade e subsidiariedade.