sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Participe com a Canção Nova do Reconhecimento Pontifício




No mesmo ano em que completou 30 anos de vida, a comunidade carismática católica Canção Nova tem mais um grande motivo para comemorar: será oficialmente reconhecida pela Santa Sé no dia 3 de novembro. O reconhecimento pontifício, que prevê a aprovação dos estatutos, eleva a Canção Nova à condição de Associação Internacional de Fiéis. No Brasil, das mais de 300 comunidades católicas, duas passam a contar com o reconhecimento do Papa: Canção Nova e Shalom, reconhecida no ano passado. Nosso estatuto é como um RG é a nossa identidade. Eu e um grande grupo da família Canção Nova estaremos indo hoje rumo a Roma para as festividades do nosso Reconhecimento, cada um de vocês irão conosco em nossas orações.
“Sermos reconhecidos pelo Sumo Pontífice como Associação Internacional de Fiéis não só nos fortalece, no sentido de sabermos que estamos no caminho certo, como nos permite levar o nosso carisma a outras partes do mundo, tão carentes de evangelização”, diz o Monsenhor Jonas Abib, fundador da comunidade.
Para o fundador da Canção Nova, o reconhecimento é prova de que a Comunidade faz parte do Ministério do Papa, trabalhando como apóstolos da Igreja. Isso é um sinal verde para nos expandirmos internacionalmente. Já temos casas de missão na Itália, Portugal, Estados Unidos, França e Terra Santa. Acabamos de enviar uma nova missão com sete pessoas para a Costa do Marfim e, em breve, mais um grupo de cinco missionários seguirá também para a Terra Santa. A vivacidade e a alegria com que o brasileiro realiza seu trabalho evangelizador encantam e ajudam a vencer obstáculos.

PROGRAMAÇÃO DAS FESTIVIDADES EM ROMA:
02 de novembro
Santa Missa presidida pelo Cardeal Dom Odilo Sherer,
Arcebispo de São Paulo
Horário: 15h00*
Local: Igreja Sant Andrea al Quirinale.

03 de novembro
Cerimônia Reconhecimento Pontifício.
Horário: 08h00*
Local: Sala Magna do Pontifício Conselho para os Leigos Santa Missa presidida pelo Cardeal Dom Stanislaw Rylko,
Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos
Horário: 14h00*
Local: Basílica de São João de Latrão.

04 de novembro
Santa Missa presidida pelo Cardeal Dom Cláudio Hummes,
Prefeito da Congregação para o Clero
Horário: 07h00*
Local: Basílica de São Paulo Fora dos Muros.
Show com missionários da Canção Nova
Horário: 18h00*
Local: Auditorium Conciliazione

05 de novembro
Catequese com Papa Bento XVI
Praça de São Pedro
Horário: 07h00*
Santa Missa presidida pelo Mons. Jonas Abib,
Fundador da Comunidade Canção Nova
Horário: 13h00*
Local: Basílica de Santa Maria Maior.

*Horário oficial de Brasília.
*Toda programação será transmitida pelo sistema Canção Nova de Comunicação.


Cristãos e judeus partilham mesmo testemunho do amor de Deus

Cristãos e judeus partilham mesmo testemunho do amor de Deus

Rádio Vaticano


Cristãos e judeus devem dar um testemunho comum do amor de Deus, num mundo freqüentemente marcado pela pobreza, pela violência e pela exploração: foi o que afirmou Bento XVI, encontrando-se, na manhã desta quinta-feira, com uma delegação da organização judaica "International Jewish Committee on Interreligious Consultations" (Comitê Judaico Internacional de Consultas Inter-religiosas), guiada pelo Rabino David Rosen.

O Papa sublinhou a crescente compreensão entre católicos e judeus, reiterando o "empenho da Igreja em favor da atuação dos princípios enunciados na declaração Nostra Aetate, do Concílio Vaticano II", que "condena firmemente todas as formas de anti-semitismo".

"Os cristãos, hoje, estão sempre mais conscientes do patrimônio espiritual que compartilham com o povo da Torá, o povo escolhido por Deus, na sua inefável misericórdia, um patrimônio que convida a um maior apreço recíproco, ao respeito e ao amor", disse Bento XVI.

Superar as diferenças

Por outro lado, destacou o Santo Padre, "também os judeus são chamados a descobrir o que têm em comum" como todos aqueles que crêem no Senhor, "Deus de Israel", que se revelou através da sua Palavra que, como diz o Salmista, é luz do nosso caminho e nos doa uma nova vida.

"Essa Palavra nos exorta a dar testemunho da misericórdia, da verdade e do amor de Deus." Trata-se de "um serviço vital do nosso tempo, ameaçado pela perda daqueles valores espirituais e morais que garantem a dignidade humana, a solidariedade, a justiça e a paz", refletiu o Pontífice.

"No nosso mundo inquieto, tão freqüentemente marcado pela pobreza, pela violência e pela exploração, acrescentou o Santo Padre, o diálogo entre as culturas e as religiões deve ser visto, sempre mais, como um dever sagrado que grava sobre todos aqueles que estão empenhados na construção de um mundo digno do homem".

"A capacidade de aceitar-se e de respeitar-se mutuamente, e de dizer a verdade na caridade, é essencial para superar as diferenças, para prevenir as incompreensões e evitar conflitos inúteis", disse Bento XVI.

Diálogo com as comunidades judaicas

O Pontífice recordou os encontros mantidos, nos últimos meses, com comunidades judaicas, em New York, em Paris e no Vaticano, referindo-se a eles como encontros que refletem "os progressos das relações católico-judaicas".

Enfim, encorajou o Comitê Judaico Internacional de Consultas Inter-religiosas a prosseguir no seu "importante trabalho, com paciência e empenho renovado", até mesmo em vista do encontro, no próximo mês, em Budapeste, Hungria, com uma delegação da Comissão vaticana para as Relações Religiosas com o Judaísmo, com o objetivo de discutir sobre o tema "Religiões e sociedade civil hoje".

Por sua vez, na saudação que dirigiu ao Pontífice, o Rabino David Rosen, presidente do comitê, agradeceu à Santa Sé por seu empenho contra toda e qualquer forma de anti-semitismo. A seguir, manifestou sua satisfação pelos esclarecimentos relativos à modificação da oração pelos judeus, na liturgia da sexta-feira santa.

O rabino reiterou sua solicitação para que os estudiosos possam ter acesso, nos arquivos vaticanos, aos documentos relativos ao período nazi-fascista. E enfim, manifestou sua solidariedade aos cristãos da Índia, Iraque e sudeste asiático, pelas violências que têm sofrido nos últimos meses.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

"A cruz é o centro do centro do mistério cristão"

Papa: "A cruz é o centro do centro do mistério cristão"

Da Redação, com Rádio Vaticano


O Santo Padre o Papa Bento XVI, encontrou-se na manhã de hoje, 29, com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro durante a audiência geral de quarta-feira. Na sua catequese, o Papa continuou a falar sobre o Apóstolo Paulo, recordando que a experiência de Paulo no caminho de Damasco mudou totalmente a sua existência que ficou marcada pelo significado central da Cruz.

"Paulo", disse o Papa, "entendeu que Cristo morreu e ressuscitou por ele e por todos nós. A cruz tem um lugar especial na história da humanidade e é objeto contínuo da teologia paulina. Ela é escândalo e necessidade, onde parece reinar somente a dor e a fraqueza. Porém, é na cruz onde se encontra todo o poder do Amor infinito de Deus. A Cruz é o centro do centro do mistério cristão".

"Certamente a encarnação e a ressurreição", continuou Bento XVI, "são mistérios centrais do cristianismo, porém São Paulo vê na Cruz a manifestação mais eloqüente do Amor de Deus por todos nós. Para o Apóstolo, Cristo crucificado é sabedoria, porque manifesta verdadeiramente quem é Deus, e nos mostra o amor que salva o homem de maneira gratuita. Essa total gratuidade é a verdadeira sabedoria".

"Na segunda carta aos Coríntios, Paulo expressa em duas afirmações sua experiência sobre Cristo Crucificado. Em primeiro lugar, por causa dos nossos pecados Deus enviou seu filho para morrer por nós, expiando assim os nossos pecados. Em segundo lugar, Deus nos reconciliou consigo, sem nos atribuir culpas", destacou o Santo Padre.

"Nós fiéis podemos dizer com São Paulo", disse Bento XVI, "Quanto a mim, não pretendo jamais gloriar-me a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, por que o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo".

Ao final da Catequese, Bento XVI saudou a todos os peregrinos em suas respectivas línguas. Aos peregrinos de língua portuguesa o Papa disse: "A Catequese de hoje nos convida a considerar essa teologia da Cruz, sempre presente nas pessoas, e nela descobrir que o Espírito Santo sustenta nossas fraquezas e nos encoraja a aceitá-la com santa resignação. Aproveito para saudar a todos os peregrinos de Portugal e do Brasil que aqui vieram para rezar junto ao túmulo do Apóstolo Pedro. Que Deus vos abençoe!"

Bento XVI recorda 50 anos da eleição de João XXIII

Bento XVI recorda 50 anos da eleição de João XXIII

Da Redação, com Rádio Vaticano

ArquivoPapa João XXIII, o "A graça de Deus estava preparando um período de empenhos e promessas para a Igreja e para a sociedade". Foi o que disse o santo Padre o Papa Bento XVI, na celebração dirigida aos participantes da Missa celebrada pelo Cardeal secretário de Estado, Tarcísio Bertone, ontem 28, em comemoração dos 50 anos da eleição do bem-aventurado João XXIII, na Basílica de São Pedro.

Recordando o início do Pontificado do "Papa bom", como era chamado, Bento XVI destacou, que "a docilidade ao Espírito Santo de João XXIII, representou o terreno fértil para fazer germinar a concórdia, a esperança, a humildade e a paz, em prol do bem de toda a humanidade".

"Em particular", sublinhou o Papa, "um dom verdadeiramente especial, oferecido à Igreja com João XXIII, foi o Concílio Ecumênico Vaticano II, por ele convocado, preparado e iniciado. Todos nós estamos comprometidos a acolher de maneira adequada aquele dom, continuando a refletir sobre os seus ensinamentos e a aplicar na vida cotidiana as suas indicações"

"Em todo o seu Pontificado, o Papa João XXIII, indicou a fé em Cristo e a pertença à Igreja, mãe e mestra, como garantias de fecundo testemunho cristão no mundo. Assim, nas grandes contraposições do seu tempo, o Papa foi um homem e pastor de paz, que soube abrir no Oriente e no Ocidente inesperados horizontes de fraternidade entre os cristãos e de diálogo com todos", recordou Bento XVI.

"João Paulo II o proclamou bem-aventurado, reconhecendo que as marcas de sua santidade de pai e de pastor continuavam a resplandecer diante de toda a família humana", concluiu o Pontífice.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Cardeal Hummes participa de encontro internacional da RCC

Cardeal Hummes participa de encontro internacional da RCC

Rádio Vaticano


Está em andamento na cidade italiana de Assis o 2° Encontro Internacional dos Bispos interessados nas Comunidades da Renovação Carismática Católica, sobre o tema "Os carismas na vida da Igreja particular".

Hoje, 27, interveio o prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Cláudio Hummes, que falou sobre "O discernimento espiritual dos carismas na Igreja local com referência à renovação carismática católica".

Em sua palestra, Cardeal Hummes afirmou que o apóstolo Paulo nos indica o caminho para realizar o discernimento dos carismas especiais na Igreja. Quais são então, segundo o apóstolo, os critérios para reconhecer os carismas do Espírito Santo?

O primeiro critério, recordou o cardeal, é Jesus Cristo, ou seja, um carisma não seria legítimo se não fosse conforme à fé em Cristo.

O segundo critério é o bem comum, isto é, a destinação do carisma ao bem da comunidade. O apóstolo Paulo fala disso com muita ênfase e tenta demonstrar com exemplos claros quanto esse aspecto seja importante. O Cardeal Hummes advertiu que um carisma não é dado para honrar quem o recebe, para privilegiá-lo. "Não! Somente quando o carisma é usado para o bem comum alcança o seu fim legítimo e realiza a sua intenção originária, isto é, a intenção dada pelo Espírito."

Já o terceiro critério indicado pelo apóstolo é a caridade. Nos carismas, recordou o Cardeal, se demonstra que o "Espírito sopra onde quer". Já o quarto critério de discernimento é a unidade da comunidade eclesial. "Poderia-se dizer que a unidade na diversidade faz parte do terceiro critério, já que é fruto do amor. Os carismas, portanto, nunca podem ser fatores de desunião, de discórdia, de divisão na Igreja. Pelo contrário, mediante a caridade, que deve unir toda a comunidade com todos os seus membros, os carismas devem ser acolhidos na oração, com muita humildade, com espírito de comunhão com a comunidade e seus membros, com espírito de serviço aos outros, com disponibilidade, com ardor missionário e gratidão profunda", explicou.

Por fim, concluiu o cardeal, é importante acrescentar ainda que os carismas não são ordenados somente à vida interna da Igreja ou somente à santificação pessoal, mas são ordenados "à edificação da Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do mundo".

Além do Cardeal Hummes, do Brasil participa também o arcebispo de Palmas (TO), Dom Alberto Taveira Correa. O encontro encerra-se no dia 30.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Até que enfim alguém valoriza a família

Até que enfim alguém valoriza a família
Dr. Frei Antônio Moser
Teólogo

ArquivoDr. Frei Antônio MoserEm se tratando de família, a tônica é sempre a mesma: estaríamos diante de uma instituição falida. E há razões evidentes para se pensar nesses termos. Rareiam-se os casamentos que merecem este nome, aumenta o número dos divórcios; das mães solteiras, muitas delas ainda adolescentes, e das que abraçam uma "alternativa". Enfim, há sinais preocupantes no horizonte familiar.

Entretanto, este tipo de leitura, ainda que verdadeira, é parcial, e por isso mesmo inadequado. Há uma outra face na moeda. Como muito bem expressou o Documento de Aparecida, no ano passado, há muitas razões para se louvar a Deus também em relação à família. O que vem projetado na mídia também não passa de uma leitura unilateral.

Ademais, para quem desejar ter diante de si um diagnóstico mais fiel da realidade familiar, importa não esquecer o passado de nosso país. Se ao longo dos nossos 508 anos de história encontramos muitas luzes, também encontramos muitas sombras. Não é verdade que os Meios de Comunicação, em conjugação com alguns fatores mais recentes, são os únicos responsáveis pelo esfacelamento de muitas famílias. Nossa história e nossa cultura não podem ser deixadas de lado quando se quer fazer uma análise imparcial. Elas não são em nada edificantes em termos de sexualidade e famíliares.

Uma vez feitas estas observações, nas quais transparecem muitas sombras, apesar de alguma luz, é sempre consolador ouvir uma voz dissonante como esta: "A família virou sagrada". Este é o título de uma entrevista que Luc Ferry concedeu à Revista Veja de 22 de outubro último. Este filósofo francês, autor do best seller "Aprender a viver", lança uma nova obra com o significativo título "Famílias, amo vocês". E há muito a aprender desta entrevista de um filósofo.

Em primeiro lugar, o entrevistado ressalta que até mesmo o divórcio só se tornou possível quando a sociedade descobriu o casamento por amor, e não mais como resultante de acertos familiares ou quaisquer outras razões.

Em segundo lugar, o entrevistado acentua que, numa sociedade na qual se equipara progresso ao poder de compra, só se pode esperar insatisfação crescente, e nunca realização. Daí a necessidade de se buscar outro ideal tão sublime pelo qual se possa dar a vida.

E aqui aparece a surpresa. Embora possamos estranhar a concepção de "sagrado" encontrada no autor de "Famílias, amo vocês", vale a pena ler e refletir sobre estas frases. "A família é a única entidade realmente sagrada na sociedade moderna, aquela pela qual todos nós ocidentais, aceitaríamos morrer, se preciso..." ( Veja, op cit., 17s).

"Estado e Igreja são chamados a amparar-se"

Papa: "Estado e Igreja são chamados a amparar-se"

Da Redação, com Rádio Vaticano


"A distinção entre religião e política é uma conquista específica da cristandade e é uma de suas contribuições históricas e culturais fundamentais". Foi o que disse o Santo Padre o Papa Bento XVI, ao receber em audiência, hoje, 27, a nova embaixadora das Filipinas junto à Santa Sé, Cristina Castañer-Ponce Enrile, para a entrega de suas credenciais.

"A Igreja está convencida de que Estado e Igreja são chamados a amparar-se reciprocamente, para servir juntos, ao bem-estar pessoal e social de todos", afirmou o Papa.

Bento XVI aproveitou a ocasião de receber em audiência a diplomata filipina, para reafirmar que "a harmoniosa cooperação entre Igreja e Estado exige que os líderes eclesiais e civis desempenhem seus deveres públicos com constante preocupação pelo bem comum. Cultivando um espírito de honestidade e imparcialidade, e mantendo no horizonte a finalidade da justiça, os líderes eclesiais e civis conquistam a confiança do povo e aumentam o senso de responsabilidade compartilhada entre todos os cidadãos, na promoção da civilização do amor", explicou o Pontífice.

"Todos deveriam ser movidos pelo desejode servir, ao invés de buscar interesses pessoais", sublinhou ainda, o Santo Padre, "ou de procurar beneficiar alguns poucos privilegiados. Além disso", observou, "os cidadãos deveriam fortalecer as instituições públicas, tutelando a corrupção da parcialidade e do elitismo".

A tal propósito, o pontífice louvou as diversas iniciativas da sociedade filipina, voltadas a proteger os mais fracos, especialmente os nascituros, os doentes e os idosos. A seguir, pediu que o Governo de Manila tivesse particular solicitude para com os trabalhadores imigrados, "a fim de que sejam respeitados seus direitos e sejam integrados na sociedade, facilitando a possibilidade de que suas famílias possam reunir-se a eles".

O Papa fez votos de "que a reforma agrária aprovada nas Filipinas, com o objetivo de melhorar as condições dos pobres, possa trazer o tão desejado desenvolvimento econômico e a expansão nos mercados internacionais, e expressou seus mais ardentes auspícios de que tais benefícios possam sem compartilhados pelas populações rurais".

"É encorajador", concluiu Bento XVI, dirigindo-se à nova embaixadora das Filipinas junto à Santa Sé, "ver que sua nação continua a participar ativamente, de fóruns internacionais em favor do progresso da paz, da solidariedade humana e do diálogo inter-religioso, objetivos nobres que estão intimamente ligados ao desenvolvimento humano e à reforma social".

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sínodo pede que fiéis cresçam na consciência da Palavra de Deus

Sínodo pede que fiéis cresçam na consciência da Palavra de Deus

Rádio Vaticano

Hoje, 21, durante a XXII Congregação Geral, realizada na presença do Santo Padre o Papa Bento XVI, foi apresentado o elenco das proposições finais do Sínodo dos Bispos. Trata-se de um documento ainda provisório, redigido em latim, que deverá receber emendas para ser votado pela assembléia, no próximo sábado.

O relator-geral e o secretário especial do Sínodo, respectivamente Cardeal Marc Ouellet e Dom Laurent Monsengwo Pasinya, apresentaram à assembléia sinodal, o elenco das 53 proposições.

Os fiéis e a Palavra de Deus

A partir de uma premissa sobre grandes benefícios, seja teológicos ou pastorais, trazidos pela Dei Verbum, a constituição dogmática sobre a Revelação Divina, publicada 40 anos atrás, os padres sinodais, primeiramente, manifestaram seus votos de que os fiéis cresçam na consciência da Palavra de Deus e da sua força salvífica, mas também de que a Igreja fortaleça sua vocação missionária.

Como agir, então? Em primeiro lugar, o elenco das proposições sugere considerar a reconciliação trazida pelo Verbo divino. Em situações de conflitos étnicos e de tensões inter-religiosas, portanto, os padres sinodais fazem votos de que o empenho dos católicos saiba construir pontes de diálogo, para a edificação de uma sociedade mais harmoniosa.

"Nesse sentido", afirmam os padres sinodais em suas proposições, "é importante que cada fiel tenha a própria Bíblia pessoal. A seguir, a Liturgia: os padres sinodais fazem votos de que as Sagradas Escrituras tenham um lugar visível nas igrejas, e que o papel dos leitores seja estudado e aprofundado, até mesmo considerando as novas técnicas da comunicação e o uso de instalações sonoras adequadas".

A propósito das homilias, os padres sinodais desejam "que elas sejam um convite à missão, preparadas com a oração e nutridas com a doutrina. Esse desejo abre estrada à criação de um diretório homilético. As proposições acenam também à revisão do Lecionário, para torná-lo mais adequado aos tempos modernos, e acenam também à importância da mulher não apenas na família e na catequese, mas também na promoção da leitura da Bíblia".

Leitura da Bíblia

Outro tema abordado foi o da Lectio Divina (leitura da bíblia), a "ser promovida nas paróquias, nas famílias, nos movimentos eclesiais, na formação dos futuros sacerdotes e na catequese, para que a formação dos batizados seja contínua e não se reduza apenas à administração dos sacramentos".

A seguir, na esteira do pronunciamento feito pelo Papa à assembléia sinodal, no dia 14 de outubro, as proposições falam da exegese bíblica e da necessidade de superar o dualismo entre exegese e teologia, assim como da necessidade de considerar a hermenêutica, seja a histórica ou a da fé.

Missão, diálogo e meio ambiente

Últimos temas propostos, mas não por isso, menos importantes, foram os da missão, do diálogo com outras religiões e da ecologia. "Quanto à missão", disse os padres, "que ela se dirija em particular aos pobres, aos marginalizados e aos deficientes, a fim de que a inculturação da Bíblia alcance todos os povos da Terra. Nesse sentido, os padres sinodais evidenciaram sua preocupação com o fenômeno das seitas, um fenômeno que deve ser estudado para ser afrontado de maneira mais adequada.

No que tange ao diálogo com os judeus, os padres sinodais sugeriram que ele seja feito a partir da plataforma comum do Antigo Testamento. E no que diz respeito ao diálogo com os muçulmanos, que ele se baseie no elemento comum do único Deus, não esquecendo a importância de reafirmar o valor da vida e os direitos do homem e da mulher.

Finalmente, a preocupação com a ecologia, para que seja promovida, com base na Palavra de Deus, e com o empenho de salvaguardar a Criação.

Conclusão

Na conclusão, dois agradecimentos: àqueles que anunciam o Verbo divino em condições difíceis, com os votos de que todos sejam chamados a se empenhar em favor da Justiça; e ao Patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, cuja participação na celebração das Vésperas presididas por Bento XVI, no último sábado, é sinal de profunda comunhão, embora ainda não perfeita. Portanto, devemos rezar ao Senhor, para que seja alcançada a verdadeira unidade.

Estes foram, em síntese, os principais temas abordados pelos padres sinodais em suas proposições que, agora, deverão receber emendas e ser votadas.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Medicina tecnológica não pode ferir dignidade humana, diz Papa

Medicina tecnológica não pode ferir dignidade humana, diz Papa

Rádio Vaticano


A medicina "altamente tecnológica", mas carente de senso de humanidade, pode acabar por considerar o doente como uma "coisa" e, portanto, corre o risco de não respeitar a dignidade inviolável do ser humano. Foi o que disse o Papa Bento XVI, na manhã de hoje, 20, ao receber em audiência os participantes do congresso nacional italiano sobre o tema "Por uma cirurgia que respeite o doente".

"Humanização" da medicina

O Papa afirmou que deve haver respeito que una médicos e pacientes por uma relação de confiança recíproca, capaz de alimentar no doente, a esperança da cura: "Quanto mais a medicina aperfeiçoa e aprimora sua capacidade de fazer diagnósticos e de encontrar terapias apropriadas, mais corre o risco de perder contato com o objeto de seus cuidados que, justamente, não é um 'objeto', mas sim um ser humano que, além dos medicamentos, terá sempre necessidade da 'terapia' do afeto, da compreensão e do respeito: em resumo, de humanidade".

Essa "humanização da medicina" foi a mola propulsora do discurso que o pontífice dirigiu, esta manhã, na Sala Clementina, no Vaticano, aos cerca de 300 médicos cirurgiões que participam do congresso "Por uma cirurgia que respeite o doente".

"A específica missão que qualifica a profissão de vocês, como médicos e cirurgiões é constituída pela busca de três objetivos: curar a pessoa doente ou pelo menos intervir de maneira eficaz na evolução da doença; aliviar os sintomas dolorosos que acompanham a enfermidade, sobretudo quando em fase avançada; cuidar do doente em todas as suas expectativas humanas", disse o Papa.

Dignidade humana

"Todavia, se no passado "freqüentemente, bastava poder aliviar os sofrimentos do doente", pelos limites intrínsecos da ciência médica, hoje em dia, com o desenvolvimento da ciência e da técnica cirúrgica, se pode intervir com crescente sucesso nas vicissitudes físicas do doente. Isso, porém, abre caminho a um novo risco: o 'de abandonar o paciente no momento em que se percebe a impossibilidade de se obter nele, resultados significativos", observou.

O Papa ressaltou que não se pode desconhecer, entretanto, que "se a cura não é mais possível, ainda há muito a se fazer pelo doente como, por exemplo, aliviar seu sofrimento e acompanhá-lo em seu caminho, melhorando, em tudo o que for possível, a qualidade de sua vida": "E isso não é pouco considerando que cada paciente, mesmo o doente terminal, o doente incurável, traz em si um valor incondicional, uma dignidade a ser honrada e respeitada, que constitui o fundamento de toda e qualquer ação do médico".

Médico e paciente precisam estabelecer uma relação de confiança mútua, no âmbito da qual, tudo aquilo que é feito para obter a cura do doente, quer sejam intervenções salva-vidas, quer sejam meios ordinários de terapia, seja feito para fortalecer o doente e não para minar suas já frágeis condições físicas e psicológicas.

"É necessário estabelecer uma verdadeira aliança terapêutica com o paciente", ressaltou o Papa, exortando os médicos a usarem aquela específica racionalidade clínica que lhes permite descobrir as modalidades de comunicação mais adequadas, com cada paciente.

domingo, 19 de outubro de 2008

No dia Mundial das Missões, Papa recorda Virgem Maria

No dia Mundial das Missões, Papa recorda Virgem Maria

Da Redação, com Rádio Vaticano

APPapa celebra Missa no exterior do Santuário Mariano de PompéiaO Papa Bento XVI deslocou-se hoje, 19, em visita pastoral ao Santuário Mariano de Pompéia, onde ao meio da manhã celebrou a Santa Missa na praça exterior do Santuário. O Papa recordou que hoje é Dia Mundial das Missões: "contemplando em Maria Aquela que acolheu em si o Verbo de Deus e o deu ao mundo, rezaremos nesta missa por todos os que na Igreja gastam as suas energias ao serviço do anúncio do Evangelho em todas as nações".

No final da celebração, o Papa dirigiu uma súplica à Virgem e ofereceu uma "Rosa de Ouro", seguindo-se a recitação do Ângelus.
Na homilia da Missa o Papa falou da razão de sua próxima peregrinação ao santuário de Nossa Senhora de Pompéia: "confiar à Mãe de Deus a Assembléia do Sínodo dos Bispos, em curso no Vaticano, sobre a Palavra de Deus na vida e missão da Igreja.

Nas saudações dirigidas às autoridades e aos variados grupos de fiéis que integravam a assembléia, Bento XVI não esqueceu das "pessoas que sofrem, os doentes, os idosos que se encontram sós, os jovens em dificuldade, os presos", e ainda "todos os que enfrentam difíceis condições de pobreza e de mal-estar social e econômico". "A todos e a cada um", o Papa testemunhou o seu "afeto", assegurando a sua "proximidade espiritual".

Comentários das leituras de hoje

Comentando as leituras da Missa, do Leccionário da Virgem Maria, Bento XVI referiu antes de mais o oráculo de Sofonias, com o convite à alegria dirigido a Israel na pessoa da "filha de Sião", "filha de Jerusalém", fazendo notar que é a mesma saudação que Gabriel dirigiu a Maria, na anunciação. E como o profeta anunciava "No meio de ti está o Santo de Israel", assim o arcanjo assegura a Virgem de que "o Senhor é contigo!". "A presença do Senhor é fonte de alegria, porque, onde Ele está, vence-se o mal e triunfam a vida e a paz".

Neste contexto, Bento XVI recordou ainda a extraordinária expressão de Sofonias, que, dirigindo-se a Jerusalém, diz: 'O Senhor te renovará com o seu amor'."

"Sim, o amor de Deus tem este poder de renovar todas as coisas a partir do coração humano, que é a sua obra-prima e onde o Espírito Santo actua do melhor modo a sua acção transformadora. Com a sua graça, Deus renova o coração do homem, perdoando o seu pecado, reconcilia-o e infunde nele o impulso para o bem".

"Tudo isto se manifesta na vida dos santos, e aqui o vemos particularmente na obra apostólica do bem-aventurado Bártolo Longo, fundador da nova Pompeia”.

Comentando depois o Evangelho das bodas de Caná, o Papa sublinhou que o evangelista João ali apresenta simbolicamente Jesus como esposo de Israel e Maria como "a esposa amada pelo Senhor, isto é, o povo que Ele para si escolheu para irradiar a sua bênção sobre toda a família humana".

"O símbolo do vinho, unido ao do banquete, propõe de novo o tema da alegria e da festa. Além disso o vinho, como as outras imagens bíblicas da vinha e da videira, alude metaforicamente ao amor: Deus é o agricultor, Israel é a vinha, uma vinha que encontra a sua realização perfeita em Cristo".

Finalmente, uma referência à segunda leitura, da Carta aos Romanos, em que Paulo esboça o programa de uma comunidade cristã, cujos membros foram renovados pelo amor e se esforçam por renovar-se continuamente, para discernir cada vez melhor qual é a vontade de Deus, sem voltar a cair no conformismo da mentalidade mundana".

Serviço dos pobres

Neste contexto, Bento XVI aludiu às obras sociais e assistenciais criadas em Pompeia, "sob o olhar materno de Maria". A caridade é – sublinhou - “a característica da civilização cristã”. “A força da caridade é irresistível: na verdade, é o amor que faz avançar o mundo!”

"Aonde Deus chega, o deserto floresce! Também o beato Bartolo Longo, com a sua conversão pessoal, deu testemunho desta força espiritual que transforma interiormente o homem e o torna capaz de realizar grandes coisas segundo o projecto de Deus".

"Neste Ano Paulino, prosseguiu ainda o Papa, apraz-me sublinhar que também Bartolo Longo, como São Paulo, foi transformado de perseguidor em apóstolo: apóstolo da fé cristã, do culto mariano e, em particular, do Rosário, no qual ele encontrou uma síntese de todo o Evangelho".

"Pompéia é um exemplo de como a fé pode atuar na sociedade, suscitando apóstolos da caridade que se coloquem ao serviço dos pequenos e dos pobres e atuem para que também os últimos sejam respeitados na sua dignidade e encontrem acolhimento e promoção. Aqui em Pompéia compreende-se que são inseparáveis o amor a Deus e o amor ao próximo. Aqui o genuíno povo cristão, as pessoas que enfrentam a vida com sacrifício, encontram a força de perseverar no bem sem descer a compromissos".

Rosário

Quase a concluir a sua homilia, Bento XVI recordou ainda que o santuário e a cidade de Pompéia se encontram sempre ligados a "um singular dom de Maria: a oração do Rosário". Uma oração que, através de Maria, sublinhou, "nos conduz a Jesus".

"O Rosário é oração contemplativa acessível a todos: grandes e pequenos, leigos e clérigos, cultos e pessoas com pouca instrução. É vínculo espiritual com Maria para permanecermos unidos a Jesus, para nos conformarmos a Ele, assimilarmos os seus sentimentos e nos comportarmos como Ele se comportou. O Rosário é arma espiritual na luta contra o mal, contra toda e qualquer violência, a favor da paz nos corações, nas famílias, na sociedade e no mundo".

Papa destaca Sínodo, Missões, e beatificação do casal Martin

Papa destaca Sínodo, Missões, e beatificação do casal Martin

Rádio Vaticano

No final da celebração eucarística, já depois da recitação da Súplica a Nossa Senhora de Pompeia, antes da bênção conclusiva, o Papa pronunciou uma alocução introdutória ao Ângelus dominical.

Bento XVI quis confiar à intercessão de Maria "as grandes intenções da Igreja e da humanidade", em particular a Assembléia do Sínodo dos Bispos, "para que possa dar frutos de renovação autêntica, em cada comunidade cristã".

O Papa recordou ainda a celebração, neste domingo, do Dia Mundial das Missões, sugerindo a recitação do Terço, neste mês de Outubro, "pelos missionários e pela evangelização". "É antes de mais nada rezando que se prepara a via para o Evangelho. É rezando que se abrem os corações ao mistério de Deus e se dispõem os espíritos para acolher a sua Palavra de salvação".

Bento XVI recordou também "outra feliz coincidência": a beatificação, neste domingo, em Lisieux, de Luís Martin e Zélia Guérin, pais de Santa Teresa do Menino Jesus, que Pio XI declarou padroeira das missões. "Com a oração e o testemunho evangélico, estes novos bem-aventurados acompanharam e partilharam o caminho da filha chamada pelo Senhor a consagrar-se a Ele sem reservas, entre os muros do Carmelo. E foi ali, no escondimento da clausura, que santa Teresinha realizou a sua vocação: No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor".

Ainda a propósito da beatificação do casal Martin, o Papa quis evocar outra intenção: "a família, cujo papel é fundamental na educação dos filhos num espírito universal, aberto e responsável em relação ao mundo e seus problemas, como também na formação das vocações para a vida missionária".

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Papa fala do valor que Paulo Apóstolo atribuia à Igreja

Papa fala do valor que Paulo Apóstolo atribuia à Igreja

Da Redação, com Rádio Vaticano


"A Igreja é um dos temas fundamentais do ensinamento de São Paulo apóstolo". Assim, o Papa Bento XVI se expressou hoje diante dos milhares de peregrinos e fiéis, reunidos hoje, 15, na Praça São Pedro, no Vaticano, para a Audiência Geral. Por ocasião do Ano Paulino, o Papa deu continuidade às Catequeses sobre o Apóstolo dos Gentios .

O primeiro contato de Saulo de Tarso com o cristianismo deu-se antes da sua conversão, quando ainda era perseguidor da comunidade cristã. Na ocasião, não se conseguia conciliar, com o judaísmo, a fé dos discípulos sobre a pessoa do Filho de Deus e seu papel como Salvador do homem.

Utilizando o termo grego Ekklēsía, que se refere à idéia de uma assembléia convocada por vocação, Paulo destacou o valor fundamental e fundador que Jesus Cristo atribuía à Igreja e à Palavra que anunciava.

O mistério pascal estava ao centro da pregação do Apóstolo, orientada a implantar uma comunidade de fiéis na pessoa de Jesus. O conceito exclusivamente paulino de Igreja, como "Corpo Místico de Cristo" supunha uma identificação mística, que se refletia também no conceito institucional de Igreja. Nela os diversos ministérios e carismas foram exercidos em comunhão com os responsáveis da comunidade nascente.

Com o termo "Templo de Deus", o Apóstolo dos Gentios atribuía à Igreja as características de pureza e diferença específica de um edifício material sagrado. Ao mesmo tempo, era aplicado tal conceito material, repleto da presença divina, a uma comunidade viva e ativa na fé.

Por outro lado, a expressão "Casa de Deus" se referia à Igreja como estrutura comunitária de carinhosas relações interpessoais de caráter familiar.

Saudação em dez idiomas

Depois de sua catequese semanal sobre a figura de São Paulo, o Pontífice passou a cumprimentar os presentes na Audiência Geral, em dez línguas.

Falando em italiano, Bento XVI fez uma saudação particular às Franciscanas Missionárias de Maria e às Servas de Maria Ministras dos Enfermos. A elas pediu que mantenham seus respectivos carismas e continuem, com renovado impulso de caridade, no caminho traçado pelos seus Fundadores.

Enfim, após ter recordado o dia de Santa Teresa de Ávila, que a liturgia celebra hoje, o Santo Padre cumprimentou os grupos de peregrinos de língua portuguesa, concedendo a todos a sua Bênção Apostólica:

"Estimados peregrinos e visitantes de língua portuguesa, a minha mais cordial saudação em Cristo Jesus. Convido a todos, na linha da catequese de hoje, a invocar ao Apóstolo Paulo, para que nos ajude a compreender com maior profundidade o mistério da Igreja, sobretudo para amá-la e cooperar responsavelmente na sua edificação. Com estes votos saúdo os grupos de portugueses que vieram da Arquidiocese de Braga, e os brasileiros de Foz do Iguaçu e de São João da Boa Vista. A todos vós e às vossas famílias dou de coração a minha Bênção Apostólica.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Pesquisa sobre leitura da Bíblia é apresentada no Vaticano

Pesquisa sobre leitura da Bíblia é apresentada no Vaticano

Rádio Vaticano


Em numerosos países, uma ampla maioria de pessoas declara ter experimentado, pelo menos uma vez na vida, a proximidade e a proteção de Deus. Muitas declaram rezar com freqüência, mas afirmam que a oferta religiosa não satisfaz a demanda potencial já existente.

Essas são algumas das observações reveladas pela "Pesquisa internacional sobre a leitura da Bíblia, na perspectiva ecumênica", apresentada esta manhã, na Sala de Imprensa da Santa Sé. A apresentação esteve a cargo do presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper, do presidente da Federação Bíblica Católica, Dom Vincenzo Paglia, e do secretário-geral das Sociedades Bíblicas, Rev. Archibald Miller Milloy.

Na ocasião, foi assinado um acordo de cooperação para a tradução e a difusão da Bíblia, entre a Federação Bíblica Católica e as Sociedades Bíblicas.

A pesquisa foi realizada de novembro de 2007 a julho de 2008, pela Federação Bíblica Católica, em doze países, entre os quais Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, Itália, Argentina e Filipinas. A pesquisa tomou como universo de amostragem a população adulta, além de um segundo subgrupo de pessoas que declararam participar da Santa Missa pelo menos duas ou três vezes por mês.

Leitura da Bíblia

Da pesquisa resulta que uma ampla maioria dispõe, na própria casa, de um exemplar da Bíblia. Todavia, os dados sobre a efetiva leitura das Sagradas Escrituras não são confortadores: os níveis mais baixos se encontram na França e na Espanha (20% dos entrevistados declarou ter lido um trecho da Bíblia nos últimos doze meses, enquanto os EUA apresentam um índice de 75%).

A pesquisa evidencia que ainda há muito a se fazer, pois a maioria dos cristãos conhece a Bíblia apenas através da leitura litúrgica; somente poucos lêem o texto sagrado e meditam sobre ele.

Além dos dados sobre a leitura em si, a pesquisa mostra também o nível de compreensão do texto sagrado. Sublinha-se um inadequado conhecimento da Bíblia, sobretudo, na Espanha e na Rússia. Os entrevistados demonstram uma difusa sensação de dificuldade diante de um texto que consideram difícil e, com exceção das Filipinas, prevalece uma abordagem não literal das Sagradas Escrituras.

Na Europa, ao contrário dos Estados Unidos e Filipinas, as homilias não são muito apreciadas. Nos EUA, Alemanha e Itália, a televisão é o meio de comunicação religiosa preferido.

Sobre a pesquisa

Comentando os dados da pesquisa, Dom Vincenzo Paglia sublinhou que a Bíblia é o "lugar" de encontro de todos os cristãos, e que a assembléia sinodal em andamento, sobre "A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja" é uma excelente ocasião para marcar o acordo firmado entre a Federação Bíblica Católica e as Sociedades Bíblicas.

"Tomamos consciência da urgência de uma apresentação mais ampla das Sagradas Escrituras. Nós cremos que seja um direito, um direito de cada povo, de ter a Bíblia traduzida na própria língua. E nós, cristãos, temos o dever de ajudar, de fazer chegar a Bíblia, que é a Palavra de Deus aos homens, a cada um, na própria língua", disse o bispo.

A Bíblia, até hoje, se encontra traduzida em 2.454 línguas. Mas a obra de tradução e difusão da Bíblia requer novos esforços. Existem pelo menos 4.500 línguas para as quais as Sagradas Escrituras ainda não foram traduzidas.

Papa Bento XVI fala sobre o valor da exegese bíblica

Papa Bento XVI fala sobre o valor da exegese bíblica

Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Bento XVI fez uma colocação surpresa sobre o valor da exegese* bíblica no Sínodo Geral dos Bispos em andamento no Vaticano, sobre o tema "A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja".Com um discurso escrito que durou oito minutos, o Papa sublinhou os riscos que a Igreja corre com uma leitura positivista e seculiarista da Sagrada Escritura e, ressaltou a necessidade de uma estreita relação entre exegese e teologia. O Santo Padre falou da relação entre a hermenêutica** da fé e a hermenêutica secular, e destacou que o método histórico crítico continua sendo importante e está em discussão dentro desta corrente. Bento XVI tomou como ponto de referência para sua reflexão a Constituição Dogmática Dei Verbum, um dos principais documentos do Concílio Vaticano II, que versa sobre a revelação divina.Antes do pronunciamento do Papa, foram recordados alguns dos mártires da violência contra os cristãos no Iraque. Um momento que suscitou profunda emoção entre os padres sinodais.Dom Faraj Rahho, Pe. Raghid Ganni, outros dois sacerdotes e seis jovens foram as últimas vítimas da violência no Iraque. Seus nomes foram lidos com voz comovida, esta manhã, na Sala do Sínodo.O Cardeal secretário de Estado, Tarcísio Bertone, voltou a falar sobre os jovens sublinhando a necessidade que eles têm de um testemunho vivo, por parte dos adultos, da Palavra de Deus na vida cotidiana.Os trabalhos desta manhã foram encerrados com os pronunciamentos dos 37 auditores participantes da Assembléia Sinodal. Muitos deles foram interrompidos com os aplausos da assembléia, sobretudo quando ressaltaram a importância do papel dos catequistas.
*Interpretação crítica da Bíblia, levando em consideraçào vários aspectos tais como o histórico, social, econômico, cultural. A palavra exegese deriva do grego exegeomai, exegesis e significa conduzir, guiar. **Arte de interpretar os livros sagrados, interpretação dos textos, dos símbolos, é a interpretação do sentido das palavras.

sábado, 11 de outubro de 2008

A Palavra de Deus na vida familiar é tema de debate no Sínodo

A Palavra de Deus na vida familiar é tema de debate no Sínodo

Da Redação, com Rádio Vaticano

Dia intenso de reflexões hoje, 10, na Asselbléia Geral, onde Bispos de todo o mundo estão reunidos na XII Assembléia Geral Ordinária sobre a Palavra de Deus. Nesta manhã, o tema da família e as áreas difíceis para a evangelização como a Terra Santa, o leste da Europa e a Birmânia, estiveram no centro das colocações na Sala. Na pausa dos trabalhos, Bento XVI recebeu em audiência os membros da Federação Bíblica alemã. Como aconteceu na
última terça-feira, com a United Bible Societes, também os membros da Federação Bíblica Alemã deram ao Papa uma caixa com várias versões lingüísticas do Antigo e Novo Testamento. E como já havia acontecido, o Santo Padre estendeu o presente recebido a todos os participantes do Sínodo, permitindo que cada um deles recebam uma cópia da caixa. Família e desafios da evangelizaçãoOs trabalhos desta manhã, no entanto, se concentraram sobre vários temas. O principal foi o do acolhimento e da inculturação da Bíblia na família. Foram diversas as propostas apresentadas: colocar a Bíblia na mão de todos, para que cada um tenha uma cópia pessoal; ensinar as Sagradas Escrituras nas escolas; ler uma frase toda noite meditando-a no núcleo familiar. Ou ainda, acrescentar oficialmente, à enunciação de todo mistério do Santo Rosário, uma breve citação bíblica. Especialmente, o Sínodo dos Bispos fez votos que estas propostas se tornem objeto de reflexão para a Igreja Universal.Outro tema abordado na sala foi o da evangelização em realidades como o leste da Europa, Birmânia ou Terra Santa: áreas geográficas marcadas pelas perseguições dos passados regimes totalitários, de catástrofes naturais como o ciclone Nargis e pelo conflito israelo-palestino. Especialmente foi notado que os cristãos árabes tem dificuldade para ler o antigo testamento por causa das interpretações políticas e ideológicas que a envolvem. Neste sentido, teve destaque a proposta de Gregorio III Laham, Patriaarca da Antioquia dos Greco-melquitas que sugeriu a organização de um "fórum sobre a Palavra de Deus" no qual cristãos e muçulmanos possam encontrar-se, discutir e meditar.O Sínodo, que tem por tema "A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja" reúne os bispos, em Roma, até o dia 26 de outubro. Durante estes dias e com a novidade de que Padre Sinodal terá cinco minutos para a sua "intervenção oficial", será possível obter informações mais precisas sobre a realidade da Igreja no mundo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Padres sinodais realizam primeira sessão de trabalhos em grupo

Padres sinodais realizam primeira sessão de trabalhos em grupo
Da Redação, com Rádio Vaticano
Hoje, 8, no Sínodo dos Bispos que acontece desde domingo, 5, foi realizada a primeira sessão dos trabalhos em grupo para os padres sinodais.Os trabalhos tiveram também a
eleição dos moderadores e dos relatores, acompanhados também por debates. Às 16h30 (hora local), a discussão geral no âmbito da 5ª Congregação foi retomada. Os trabalhos do dia se concluíram com uma hora de discussão livre.Os padres se concentraram, em três temas: O primeiro referente à busca de instrumentos eficazes para valorizar as Sagradas Escrituras. Em particular, os participantes da Assembléia se detiveram sobre a importância da homilia, apresentada por vários padres sinodais como um instrumento fundamental e realmente único para a evangelização.Em seguida, refletiu-se sobre a necessidade de uma válida formação, tanto para os religiosos quanto para os leigos, sobre a Palavra de Deus. Foi também acenada a "emergência educacional" para recolocar no centro da vida de fé o tema da salvação, que diante das atuais tendências culturais perdeu a sua naturalidade, enfatizou-se.Por fim, foi ressaltado o problema das seitas religiosas, sobretudo nos países africanos. Neste sentido, o secretário especial da Assembléia Geral do Sínodo e arcebispo de Kinshasa, Dom Laurent Monsengwo Pasinya, que também é presidente da Conferência Episcopal da República Democrática do Congo afirmou: "As seitas representam um grande risco, sobretudo porque fazem uma interpretação fundamentalista da Bíblia, perturbando a compreensão da própria Bíblia por parte dos cristãos. Fazendo isso complicam a nossa obra evangelizadora e o próprio conhecimento da Bíblia. Se não prestarmos atenção a esse fenômeno corremos realmente o risco de que os nossos cristãos deixem a Igreja católica."

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Padres sinodais realizam primeira sessão de trabalhos em grupo

Padres sinodais realizam primeira sessão de trabalhos em grupo

Da Redação, com Rádio Vaticano

Hoje, 8, no Sínodo dos Bispos que acontece desde domingo, 5, foi realizada a primeira sessão dos trabalhos em grupo para os padres sinodais.Os trabalhos tiveram também a
eleição dos moderadores e dos relatores, acompanhados também por debates. Às 16h30 (hora local), a discussão geral no âmbito da 5ª Congregação foi retomada. Os trabalhos do dia se concluíram com uma hora de discussão livre.Os padres se concentraram, em três temas: O primeiro referente à busca de instrumentos eficazes para valorizar as Sagradas Escrituras. Em particular, os participantes da Assembléia se detiveram sobre a importância da homilia, apresentada por vários padres sinodais como um instrumento fundamental e realmente único para a evangelização.Em seguida, refletiu-se sobre a necessidade de uma válida formação, tanto para os religiosos quanto para os leigos, sobre a Palavra de Deus. Foi também acenada a "emergência educacional" para recolocar no centro da vida de fé o tema da salvação, que diante das atuais tendências culturais perdeu a sua naturalidade, enfatizou-se.Por fim, foi ressaltado o problema das seitas religiosas, sobretudo nos países africanos. Neste sentido, o secretário especial da Assembléia Geral do Sínodo e arcebispo de Kinshasa, Dom Laurent Monsengwo Pasinya, que também é presidente da Conferência Episcopal da República Democrática do Congo afirmou: "As seitas representam um grande risco, sobretudo porque fazem uma interpretação fundamentalista da Bíblia, perturbando a compreensão da própria Bíblia por parte dos cristãos. Fazendo isso complicam a nossa obra evangelizadora e o próprio conhecimento da Bíblia. Se não prestarmos atenção a esse fenômeno corremos realmente o risco de que os nossos cristãos deixem a Igreja católica."EcumenismoOntem à tarde, os participantes do Sínodo receberam a mensagem de saudação do Conselho Ecumênico das Igrejas. A mensagem do secretário-geral do Conselho Mundial das Igrejas, Reverendo Samuel Kobia, foi lida pelo delegado fraterno, o arcebispo metropolitano de Targoviste, Nifon Mihaita, da Igreja ortodoxa romena."O tema escolhido para a XII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos tem em si a promessa de uma profunda renovação espiritual para a missão da Igreja", diz o texto."O modo em que a Palavra de Deus se reflete em nossas vidas, nos transforma e gera atos de amor entre nós, é verdadeiramente central para a missão salvífica da Igreja",continua a mensagem. O Conselho Ecumênico das Igrejas reitera que "a busca da unidade visível da Igreja representa uma dimensão indispensável da vida e da missão eclesial".

O custo da Bíblia limita a prática religiosa na África

O custo da Bíblia limita a prática religiosa na África
Ecclesia
"Na África, a prática religiosa é limitada muitas vezes pela simples dificuldade de se obter uma Bíblia, que pode custar como o salário de um mês". A revelação foi feita pelo arcebispo nigeriano John Olorunfemi Onaiyekan, no Sínodo dos Bispos, ilustrando um quadro da evangelização no continente africano.Embora a Palavra de Deus seja mais viva do que nunca no continente, "muitos não dispõem de dinheiro suficiente para possuir uma Bíblia, e por isso, estamos a imprimir Bíblias a preços mais acessíveis", explicou o Arcebispo aos padres sinodais. Dom Onaiyekan agradeceu aos irmãos protestantes, com os quais foi estabelecida uma colaboração muito frutuosa, e recordou o problema das traduções, algo que em África implica não apenas na tradução de uma língua para outra, mas também divulgar a palavra escrita num contexto de elevados índices de analfabetismo.O Arcebispo de Abuja recordou também que a África é ainda um continente de primeira evangelização, onde a presença católica se situa em torno dos 14%. Por isso, "a Igreja tem uma missão a cumprir também fora de seu rebanho e o diálogo deve estar aberto aos muçulmanos".

Igreja celebra hoje Dia do Nascituro


Igreja celebra hoje Dia do Nascituro
Da Redação
Arquivo
"Os nascituros são seres humanos e têm a mesma dignidade dos seres humanos já nascidos"
A Igreja do Brasil celebra hoje, 8, o Dia do Nascituro - do Latim Nascituru - aquele que há de nascer. Desde que foi instituído na Assembléia dos Bispos, em Itaici, no ano de 2005, são promovidas, todos os anos, iniciativas nas dioceses com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a inviolabilidade do direito à vida. A data, estabelecida logo após a primeira semana de outubro, celebrada pela Igreja como a
Semana Nacional da Vida, é fruto do compromisso assumido pelos bispos do Brasil de defender e promover a Vida, a partir do fato de que os nascituros são seres humanos e têm a mesma dignidade dos seres humanos já nascidos.Leia mais.: Saiba o que a Igreja pensa sobre o NascituroEm diversos países, se comemora o "Dia Nacional em Defesa da Vida", em 25 de março. Data proposta pelo Papa João Paulo II e escolhida porque nela é celebrada a Anunciação: a notícia, levada pelo Arcanjo Gabriel a Maria, de que Deus a havia escolhido para ser mãe do Redentor. Porém, aqui no Brasil, por decisão do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), desde 1999, a data é comemorada no dia 8 de outubro e, a partir da 43ª. Assembléia da CNBB, ocorrida nos dias 09 e 17 de agosto de 2005, a data passou a ser celebrada como o "Dia do Nascituro".

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Cardeal propõe ao Papa encíclica sobre interpretação da Bíblia

Cardeal propõe ao Papa encíclica sobre interpretação da Bíblia
Da Redação
O relator geral do Sínodo dos Bispos, Cardeal Mark Ouellet, apresentou ao Papa Bento XVI um pedido logo no
início dos trabalhos da assembléia, solicitando uma encíclica sobre a interpretação da Escritura, dado que em muitas ocasiões as faculdades teológicas e biblistas divergem da visão que o Magistério do Papa e dos bispos oferecem sobre a Bíblia."A relação interna da exegese com a fé já não é unânime e as tensões aumentam entre os exegetas, pastores e teólogos", alertou.Este responsável deixou mesmo uma pergunta: "Depois de muitas décadas de concentração nas mediações humanas da Escritura, não seria necessário reencontrar a profundidade divina do texto inspirado, sem perder as valiosas aquisições das novas metodologias?".A proposta do Cardeal foi de não ver a interpretação da Bíblia como algo meramente acadêmico, pois a Palavra de Deus penetra em todas as dimensões da pessoa.Ao mesmo tempo, segundo explicou aos jornalistas na sala de imprensa da Santa Sé, é necessário criar uma relação entre exegetas e teólogos com os bispos que supere as tensões, para chegar à comunhão, respeitando as atribuições de cada um."Seria oportuno que o Sínodo se interrogasse sobre a conveniência de uma eventual encíclica sobre a interpretação das Escrituras na Igreja", afirmou.

domingo, 5 de outubro de 2008

Bento XVI abre Sínodo dos Bispos, em Roma

Bento XVI abre Sínodo dos Bispos, em Roma
Rádio Vaticano
Reuters
Bento XVI abre Sínodo na Basílica de São Paulo fora dos Muros
O Papa Bento XVI abriu a XII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos com uma Missa na Basílica de São Paulo fora dos Muros, nesta manhã. O Sínodo deste ano tem como tema: "A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja".Concelebraram com o Papa os padres sinodais e os colaboradores: 52 cardeais, 14 membros das igrejas orientais, 45 arcebispos, 130 bispos e 85 presbíteros. A Basílica de S. Paulo fora dos Muros foi escolhida ppor ocasião do Ano Paulino e pelo caráter ecumênico que a reveste.Leia mais
.: Ângelus: Papa explica finalidade do Sínodo.: Conheça a história do Sínodo.: Dom Damasceno fala de sua participação no SínodoO Santo Padre iniciou a homilia comentando a primeira leitura, extraída do livro do profeta Isaías, sobre o cântico da vinha, ambientado na época da colheita. No Evangelho, Jesus retoma o cântico de Isaías, adaptando-o a seus ouvintes e a nova hora da história da salvação, desta vez acentuando não a vinha, mas os vinhateiros e suas atitudes homicidas. Desprezando a ordem do proprietário da vinha, os vinhateiros acabam por desprezar o próprio Deus."Há quem, decidindo a 'morte de Deus', declara a si mesmo "deus", considerando-se o único artífice do próprio destino, o proprietário absoluto do mundo. Mas quando o homem elimina Deus do próprio horizonte, declara Deus morto, é realmente mais feliz? Quando os homens se proclamam proprietários absolutos de si mesmos e únicos donos da criação, podem realmente construir uma sociedade onde reinem a liberdade, a justiça e a paz? Por um acaso não acontece, como as notícias cotidianas nos demonstram amplamente, que se estendem o arbítrio do poder, os interesses egoístas, a injustiça e a exploração, a violência em toda sua expressão? O resultado disso tudo é que o homem se encontra mais só e a sociedade mais dividida e confusa", analisou.No entanto, nas palavras de Deus, nas palavras de Jesus há uma promessa: a vinha não será destruída. Isso indica que, se em algumas regiões a fé se enfraquece até acabar, sempre haverá outros povos prontos a acolhê-la. "A Igreja não se cansa de proclamar esta Boa Nova. "Renovaremos de modo significativo este anúncio durante toda a XII Assembléia Geral ordinária do Sínodo dos Bispos, que tem como tema 'A palavra de Deus na vida e na missão da Igreja'", afirmou o Papa.Anúncio da Palavra de DeusSomente a Palavra de Deus pode mudar profundamente o coração do homem, e é importante então que, com ela, cada fiel e toda a comunidade entrem em uma intimidade sempre crescente.Bento XVI recordou que nutrir-se da Palavra de Deus é para a Igreja sua primeira e fundamental tarefa. De fato, afirma ele, se o anúncio do Evangelho constitui a sua razão de ser e sua missão, é indispensável que a Igreja conheça e viva aquilo que anuncia, para que sua pregação seja crível, apesar das limitações e das pobrezas dos homens que a compõem."Neste Ano Paulino, sentiremos ressoar com particular urgência a exclamação do Apóstolo dos gentios: 'Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho'. Exclamação que, para cada cristão, se torna um convite insistente a pôr-se a serviço de Cristo". assinalou o Santo Padre. "Que o Senhor nos ajude a interrogar-nos juntos, durante as próximas semanas de trabalho sinodal, sobre como tornar mais eficaz o anúncio do Evangelho neste nosso tempo. Todos sentimos que é necessário colocar no centro da nossa vida a Palavra de Deus, acolher Cristo como nosso único Redentor, como Reino de Deus em pessoa, para fazer de modo que a Sua luz ilumine todos os âmbitos da humanidade", continuou.Participando da Celebração Eucarística, sentimos sempre o íntimo elo que existe entre o anúncio da Palavra de Deus e o Sacrifício eucarístico. O Papa concluiu: "Que o Senhor nos conceda aproximarmo-nos com fé do dúplice banquete da Palavra e do Corpo e Sangue de Cristo. Que Maria Santíssima nos ensine a ouvir as Escrituras e a meditá-las em um processo interior de amadurecimento, que jamais separe a inteligência do coração".

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Dom Odilo será um dos participantes da leitura integral da Bíblia

Dom Odilo será um dos participantes da leitura integral da Bíblia

Da Redação, com Rádio Vaticano
Entre 5 e 11 de outubro, por ocasião do
Sínodo dos Bispos, acontecerá uma iniciativa intitulada "A Bíblia dia e noite". Trata-se da leitura integral dos 73 Livros da Bíblia. O evento será realizado na Basílica romana de Santa Cruz em Jerusalém. O Papa Bento XVI dará início à leitura, lendo o primeiro capítulo do Gênesis em hebraico. O arcebispo metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, também será um dos primeiros leitores. Ele vai ler os capítulos 9 e 10 do Gênesis.A Bíblia foi dividida em 1250 capítulos, que serão lidos pelo mesmo número de pessoas, provenientes de 50 países, dentre eles o Brasil. Entre os leitores, participarão 40 padres sinodais, 30 membros de Igrejas reformadas, seis muçulmanos, 16 judeus, cinco ciganos e alguns detentos. Além do italiano e do hebraico, as Sagradas Escrituras serão lidas também em árabe e grego.A Bíblia, com cerca de 800 mil palavras, será lida continuamente por 139 horas. Cada hora e meia terá um intervalo musical. Trata-se de músicas inspiradas pela Bíblia e, portanto, de todas as culturas do mundo e de todas as épocas. Haverá o gospel americano, a música latino-americana, tambores africanos, a harpa birmanesa, a música gregoriana, entre outras.