Dom Cláudio diz que é tempo de louvar a Deus e renovar aliança
Da Redação
Ocorreu hoje, às 15 horas, na Catedral da Sé, São Paulo, a Missa que comemorou o Jubileu de Ordenação Sacerdotal do Prefeito da Sagrada Congregação para o Clero, Cardeal Cláudio Hummes.O arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer abriu a celebração saudando os fiéis presentes, bem como o clero e as autoridades políticas. Em seguida, fez memória de momentos marcantes dos 50 anos de sacerdócio de Dom Cláudio.Ainda no início da celebração, foi lida uma mensagem do Papa Bento XVI. No texto, o Santo Padre destacou o empenho de Dom Cláudio em seu trabalho pastoral. Fez memória dos reconhecimentos tidos pelos Papas Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI. “Os padres, os leigos e até mesmo crianças descobriram seu espírito franciscano para levar fielmente o Evangelho a todos servindo-se dos meios modernos”, disse o Santo Padre. No texto, Bento XVI lembrou, ainda, do trabalho que Dom Cláudio realiza atualmente na Congregação para o Clero e nos demais dicastérios da Igreja, enviando uma benção apostólica”. Durante a homilia, Dom Cláudio saudou o clero e os fiéis presentes: “Meus irmãos, minhas irmãs, saúdo especialmente, de coração, o arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer, o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eusébio Oscar Scheid, todos os arcebispos e bispos e os bispos auxiliares desta arquidiocese. Saúdo, de modo muito particular, o arcebispo do rito melquita, Dom Fares Maakaroun, e o novo bispo, nomeado ontem, Antônio Carlos Rossi Keller. Saúdo as igrejas cristãs, a igreja ortodoxa, os padres, os religiosos, as religiosas, as autoridades e todo povo que levo no coração com muitas saudades. Lembro do povo de todo ABC Paulista, da Diocese de Santo André, e ,de modo especial, seu bispo, Dom Nelson Westrupp. Não se pode deixar de lembrar dos nossos pobres e moradores de rua. Agradeço, ainda, ao Papa que enviou a benção apostólica a todos nós”.O Prefeito da Sagrada Congregação para o Clero explicou que a Celebração do Jubileu vem do tempo de Israel, quando, pela Lei Mosaica, Deus prescrevia que de 50 em 50 anos houvesse um ano santo, como um sábado, dia sagrado para os judeus. “Era um tempo de renovar os compromissos da aliança e de pedir perdão a Deus e aos outros pelas dívidas e infidelidades”, disse. “Para nós e para mim este Jubileu significa louvar a Deus por este grande dom que me deu e que, na verdade, é serviço. Quero me unir a Nossa Senhora, que quando visitou Isabel que disse o Magnificat, que quer dizer: ‘Só Deus é grande’, assinalou. Em 50 anos de trabalho pastoral Dom Cláudio passou também por provações: “Deus foi generoso nestes anos. Tive problemas, claro. Mas quando assumimos cruz por Deus e por outros ela nos dá felicidade”. Dom Cláudio demonstrou seu carinho e alegria por celebrar este dia ma cidade de São Paulo, onde serviu por tantos anos: “Me alegra celebrar aqui onde tantas coisas acontecem, onde há este povo trabalhador. Existe, é claro, um desafio em fazer com que todos possam sentar a mesa. Mas estamos progredindo”. Lembrando que neste domingo a Igreja celebra o Dia do Sacerdote, concluiu: “Hoje, mais do que nunca, rezo pelos padres. Estou encarregado pelos 407 mil padres do mundo inteiro. Claro, existe uma pequena parcela que vai contra inclusive, as leis civis. Mas 98% são pessoas dignas que desgastam duas vidas pelo povo e por Deus. A sociedade depende muito dos padres, que são aqueles que no dia-a-dia, conduzem pessoas a Jesus Cristo. São eles que convocam para os sacramentos, para a Eucaristia, sobretudo”.
