sábado, 23 de agosto de 2008

Papa envia ajuda às vítimas da guerra na Geórgia

Papa envia ajuda às vítimas da guerra na Geórgia

Um cheque de 125 mil dólares a favor da Cáritas da Geórgia foi enviado por Bento XVI às vítimas do conflito na Ossétia do Sul. Na carta que acompanhava o cheque, o Santo Padre explica que esta contribuição deve servir para que as palavras que pronunciou no Ângelus não sejam só palavras.O Papa fez dois apelos por ocasião da oração do Ângelus, em 10 e 17 de agosto passados. O primeiro pelo cessar do conflito na Ossétia, "também em nome da herança comum cristã", e o segundo "para que sejam aliviados com generosidade os graves sofrimentos dos prófugos, especialmente das mulheres e das crianças, a quem falta inclusive o necessário para sobreviver". Esses apelos causaram grande impressão na Geórgia."Em um país majoritariamente de religião ortodoxa, explica o administrador apostólico da Geórgia, Dom Pasotto, "causou grande impressão que o chefe da Igreja Católica se interessasse de maneira tão decidida pelo conflito em curso e que tivesse no coração a população georgiana e rezasse por ela".O conflito, iniciado em 7 de agosto passado na Ossétia do Sul, "gerou pânico entre a população, também em zonas não afetadas, como a capital, fazendo ressurgir de repente as dolorosas recordações do conflito de há 18 anos com Abcázia".Entretanto, Cáritas enviou a esta cidade um grande carregamento de bens porque a população está sem recursos. "Tanto o governo georgiano como o patriarcado ortodoxo", explica o prelado, "pediram ajuda à Igreja Católica. Estamos fazendo todo o possível, com um grande espírito de colaboração".Este mesmo espírito de colaboração moveu as Igrejas cristãs, junto com as comunidades muçulmana e judaica, a realizar dois apelos conjuntos pelo cessar-fogo e o envio de ajudas humanitárias."A população georgiana espera muito da comunidade internacional, pois tem medo de ficar sozinha. Este temor é compartilhado pelos responsáveis de Cáritas", afirma Dom Pasotto, "embora não faltam as ajudas internacionais, mas a situação de precariedade ameaça durar muito. Já se diz que as escolas não abrirão porque estão todas ocupadas pelos refugiados"."Neste sentido, é importante o papel dos meios de comunicação. É necessário que não se limitem a buscar o sensacionalismo, mas que trabalhem pelo bem, para ajudar os que sofrem, e que dêem a informação mais correta possível", concluiu.